terça-feira, 28 de dezembro de 2010

foREVer

James Jimmy Owen Sulliven, ex-baterista do AVENGED SEVENFOLD, morreu com 28 anos de overdose acidental em 28/12/09. Hoje se completa 1 ano da morte do mesmo, e já que de certa forma seu corpo tenha ído,ainda estará sempre conosco, pois suas lembranças o fazem inesquecível. Escreveu várias canções, dentre elas "Fiction", 3 dias antes de morrer, parecendo uma profecia sobre ela;

Deixo esta vida para me libertar
Peguei um pedaço de você dentro de mim.
Toda essa dor pode finalmente desaparecer
Prometa-me que você nunca vai sentir medo.

(...)

Espero que valha a pena, o que deixei pra trás, sim
Eu sei que você encontrará seu próprio caminho quando eu não estiver com você.

Fiction

-

Casa cheia de rosas, uma carta nas escadas
Uma fita cheia de mensagens, para alguém que se importa
Colagem de palavras quebradas, e histórias cheias de lágrimas
Lembrando de sua vida, porque desejamos que você estivesse aqui
Nada é mais difícil que acordar totalmente sozinho
Perceber que não está bem, é o fim de tudo que você conhecia
O tempo continua passando, mas parece que estou congelado
Cicatrizes são deixadas para trás, mas algumas muito profundas para se sentir

(....)

Algum dia você vai me encontrar em um lugar que eu gosto de ir
Perguntando a mim mesmo sobre coisas que eu nunca saberei
O que resta descobrir? Porque eu preciso de um pouco mais
Eu preciso de um pouco mais de tempo, podemos ao menos voltar o tempo?

Victim
-

Entes queridos voltam pra casa chorando por que eles já sentem a minha falta
Eu rezo pela graça de Deus que há alguém ouvindo
Me dê uma chance de ser a pessoa que eu quero ser
(eu estou inteiro, eu estou sufocando neste êxtase)
Oh Senhor eu tentarei duramente mas você precisa me deixar ir
(Me conserte, me liberte, eu preciso de uma nova chance para viver)

Afterlife

-

Como viver sem aqueles que amo?
O tempo ainda vira as páginas do livro que está queimado
Lugares e o Tempo sempre em minha mente
Eu tenho muito para dizer mas você está tão distante

Durma bem, eu não estou com medo
Aqueles que amamos estão aqui comigo
Guarde um lugar para mim
Porque assim que eu tiver terminado estarei no meu caminho
para viver eternamente.

(...)

E a luz que você deixou permanece, mas é muito difícil continuar aqui
Quando eu tenho muito a dizer e você está tão distante.

So Far Away


So far away.... and I need you to, need you to know...

domingo, 26 de dezembro de 2010

How The Grinch Stole Christmas?

[No final das contas, até nosso saudoso bicho verde Grinch descobriu que o Natal é muito mais que presentes e itens desnecessários. ]

Na véspera de tal, montam suas árvores natalinas, com várias luzes, muito brilho e alegria. Anseiam por um dia proveitoso e amável. No dia 25 de dezembro, desde muito tempo, comemoram o nascimento de Jesus Cristo. Ou seria o nascimento de uma data boa o suficiente para gastar o seu 13° comprando presentes para seus familiares e passar um dia legal com eles?

Pensando bem, o natal é a data mais consumista, mercenária e falsa de todas. Mais que qualquer feriado no ano, mesmo que tenha um significado completamente diferente. Este dia mostra que ainda em várias famílias, lugares e espaços mundiais temos pessoas com fome, sem carinho/amor ou algum agrado (nem que este agrado seja um papel escrito "Boas Festas, Muitas Felicidades!"). Seria a data mais farta também. A maioria enche suas mesas com variadas maravilhas gastronômicas, sobremesas bem montadas, enfeites, bebidas.Porém esquecem do próximo que está na falta. Não é melhor gastar um pouco menos e dividir com quem não tem?

Ah, ás vezes até quem não lembrou da sua existência o ano inteiro bate na sua porta para lhe desejar um Feliz Natal, lhe desejar coisas boas e lhe entregar o presente. Será que não deveriam fazer isso sempre? Praticar ao menos uma vez ao mês? Desejar o melhor não mata, não machuca.

Também várias vezes esta data me intimida, sempre brinco em destruir tudo relacionado a Felicidade, mas este ano o feriado foi bem interessante, inovado. Sabe, eu desejo primeiramente que as pessoas não esqueçam do verdadeiro significado, mesmo que esqueçam assim mesmo! Desejo que vocês sejam felizes sempre, com suas famílias ou sem. Amigos também são família. Que possam estar com as pessoas que gostam na maioria de seus dias, pois é com esse tipo de momento que vivemos, nos fortalecemos e continuamos pelo amanhã. De novo e de novo.


Boas Festas, FELICIDADES! Salve o Grinch! XD


sábado, 11 de dezembro de 2010

O Belo e o Bom



Já escrevi e repito que nestes dias adormecemos satisfeitos quando podemos dizer: meu avião atrasou só quatro horas, que sorte. Só roubaram meu carro, não me mataram, então viva o progresso, somos um país civilizado. Eu acho que estamos doentes e confusos. Por exemplo, agora em alguns lugares começa a haver autoridade e liderança positiva: a polícia age com mais rigor, e na luta eventualmente fere ou mata bandidos e assassinos. Nada mais justo. Porque nós, os cidadãos comuns, nos cansamos de ser caçados pelos marginais feito bichos desprotegidos. Porém, há quem reclame: os policiais deviam ser menos ferozes, deviam ao menos cuidar do lugar onde vão atingir os facínoras: quem sabe um tiro no braço ou no pé? Tive de reler a notícia: estão brincando conosco? Imaginei o pobre policial com revolverzinho velho, mirando no bandidão armado com fuzil de última geração e carrão importado e pedindo: licença, moço, vou só dar um tirinho no seu pé.

O banditismo floresceu por falta de autoridade e ordem, mas receio que agora qualquer rigor seja objeto de clamor dos defensores dos direitos da bandidagem, que deveriam era cuidar das vítimas. Entre outras coisas, fazer votar com máxima urgência uma lei que responsabilizasse por seus crimes jovens malfeitores de 16 anos ou menos, frequentemente verdadeiros monstros morais.

Pontes caem, obras monumentais desabam, correm anúncios de culpas, desculpas, culpados fictícios. Os verdadeiros causadores se escondem, apontando uns para os outros: foi ele, foi ele! Não foi ninguém, nem foi o descaso: foi o acaso, ora bolas! Como em geral neste país, ninguém vai encontrar responsáveis , ou todos serão absolvidos. Saímos do público para o privado, e o espetáculo continua. O mal viceja não apenas nas ruas e no campo, não apenas sitiando nossas casas e comprovando nossa vulnerabilidade, mas na violência pessoal da infâmia, da mentira, da injustiça e do abuso em todas as formas. Talvez estejamos mesmo é muito loucos. Quando não conseguimos entender o que acontece e sentimos medo - seja da maldade humana, seja da precariedade das instituições, seja pelo nosso decorrente desamparo -, o perigo é deixar que a ira ou a descrença nos contaminem.

Se não podemos mudar o mundo, interminável trabalho de formiguinha, resta nos abrir para o que existe e sempre existirá de positivo: os verdadeiros amores, que não se baseiam em vantagens, mas em ternura e respeito; as verdadeiras amizades, que não se contam pelos dias convividos, mas pela certeza de que o outro está sempre ali; as verdadeiras famílias, em que apesar das diferenças imperam a confiança e a alegria. Sempre que alguém quer e realiza o mal do outro, alguma coisa no mundo se desestrutura; toda ação ou palavra perversa, toda injustiça é um crime contra a natureza mais ampla, que nos inclui, a nós, seres humanos vulneráveis e grandiosos, patéticos e dignos - tudo isso por sermos apenas humanos.

A tragédia da humanidade não reside só nas guerras, na corrupção, na destruição do ambiente, enquanto a velha mãe natureza geme e reclama e começa a se mostrar faminta de vidas. Está no cotidiano minúsculo de cada um de nós, que corremos na superfície da verdadeira vida, obcecados por deveres insensatos, corroídos de inveja e desejo de aniquilação, distantes das coisas essenciais - pobres de afeto, despidos de alegria.

Lembro a história da filha adolescente de um amigo que, rejeitada pelo namorado, passou uns dias em profunda tristeza, mas de repente apareceu na sala, perfumada, olhos brilhantes, pronta para sair. O pai interroga: "Ué, filha, voltou com o seu namorado?". Resposta de inesquecível sabedoria: "Não, pai, eu vou me vingar sendo feliz".

Talvez seja uma saída. Não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar nossa postura no mundo, o público e o privado. Em algum lugar de nós nos amargurarmos pela loucura, podridão e injustiça, podemos abrir mais espaço, ou algum espaço, para o bom e o belo, que afinal existem. Tentar curtir a natureza, saborear a arte, atender os necessitados, preparar crianças e jovens para a vida, cultivar harmonia na família, olhar para dentro de nós mesmos e nos escutar. É um bom começo. Olhar o mar ou o amanhecer, que são de graça e nos dão a sensação de que afinal nossas misérias são apenas miséries e que o grande drama é ter a alma mutilada pela amargura.


Lia Luft - Revista Veja

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Another day

Post de aniversário pra Be(L)z.


"E as águas se juntaram, as grades do oceano obscuro desapaceram, flutuando em meio o fundo do seu mar. As ondas e tecnologia nos trouxeram mais próximas e então sei que você existe, está do outro lado me assistindo como te assisto, feito tv em cores. Eu sempre distrubuo contos para você a noite, e sempre te quero comigo. Porque pessoas passam, passam. E quem tem vários motivos para também partir não vai, e não me deixa aqui. E eu te desejo mais que o mundo,
mais que o universo de nuvens e felicidade. Você vai estar aqui. E eu vou estar segura. Agradeço por ter você! Por não te ver ir. Sem te prender no meu aquário de pessoas,
com a própria vontade me seguir e me deixar feliz."

Adoro você insuportável, PARABÉNS! <3

For some there are no choices



Fim de semana e o post informal...
Nestes dias, sexta, sábado e domingo, fiz tudo, ou relacionadamente tudo que eu gosto e defendo.
Assisti a série que eu mais gosto, fui em um show de uma banda que gosto, fui pra onde gosto e assisti um filme que gosto.
Dias muito bons, com elementos muito distintos, tendo muita chance de ir para minha lista de " melhores do ano ". Mas sabe, desde o começo não havia muita expectativa pra ele. E surpreendendo como sempre, vieram as pessoas, suas ações, a falta delas, e algumas palavras lidas em redes alheias.
Não dormindo muito e fazendo aquele esforço lá vamos nós para mais uma noite de sábado. Muito foda e dolorida por sinal. Padrastos dorgados e amigos mais ainda. Quase as melhores pessoas da minha vida estiveram presentes nestes dias.
E no final das contas, existem mais pessoas, óbvio. Pessoas que estão voltando, indo de novo. Mas que não estavam presentes e me deixaram com meia dor.
Como um grito abafado, um estrondo diferente. São meus instintos afetivos e humanos reclamando. Insisto em responder que não tenho a solução e eles não estão satisfeitos.
Não sei se estou muito feliz, muito seca, muito caída ou muito acordada. Muito riso, até seriedade, calor, preto.
Se a minha vida fosse mesmo um dia inteiro, desta vez seria exagero, porque não teria o que nem quem passá-la. E precisamos uns dos outros.
Ás vezes você age de uma forma que lhe parece normal, mas para os outros é um sinal.
E afinal de contas, meus iluminadores estão quebrados. Nada de sinal para ninguém. Retirei as aranhas do porão e no lugar depositei meu alarme.
Meu amigo tem razão quando disse que precisamos remontar e inventar novamente nossa realidade, se necessário, deletar a antiga e construir uma nova. Assim nos sentimos melhores e não é resultado de ignorância. Não conheço se quer alguém, que tenha esquecido do que faz parte e principalmente de quem.
Passado não deve ser esquecido, mas seu presente deve ser adaptado, para melhora de seu sofá. E dessa vez, sem ajuda alguma.
Peças novas são interessantes quando colocadas no seu tabuleiro. Mas dessa vez não procuro por novas peças, e não quero enganar, nem iludir, enfeitando o que não existe e o que não consigo me concentrar agora.
O mais indicado não seria um pedido de desculpas, mas uma situação assim faz parte de todos anos e dias. Eu não inventei nada, está sempre dessa forma, esta tal decisão. "Ás vezes dá, ás vezes não... e ás vezes nunca."
Afinal, em nenhum documento ou contrato vem escrito "viver é muito fácil" onde você assina em baixo e tem o prometido.

Dead as Yesterday - Black Label Society

It'll leave you with nothin' to say
Lost without a way
Ain't it funny, child,
Love sometimes leaves you as dead as yesterday
Hoping to hold a handful of sunshine
Like a child told it cannot play
Never ever figured, Lord, love would leave me feeling
As dead as yesterday

Oh Lord, could you help me find some shelter?

It'll leave you feeling hollow and helpless
And there is where you'll stay
Ain't it funny, child, love sometimes leaves you
As dead as yesterday.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Bom dia a mim mesma



Bom dia. O que ele me trará de bom? Muito pouco ou simplesmente muito?
Por rodas e asfalto me desloco para o início de algo que se renova todos dias. O mesmo lugar, e ás vezes são as mesmas pessoas que agem diferente e riem muito. Todos os dias eu espero o despertador tocar 3x, tomo banho, penteio os cabelos, aperto os olhos e penso em tudo é importante na minha vida, dou um largo sorriso pelas perdas, toco minhas paredes e fotos. Ligo a TV e páro pensando, em nada, poucas vezes em tudo. Preparo o café, deslizo a mão pelo meu gato, companheiro carinhoso que sempre está com fome e me dirige um olhar lindo. Para todos os efeitos as minhas olheiras estão em minha face de terça a sábado, representando o cansaço e às vezes noites sem sonhar ou dormir.
Em toda manhã, fico perdida em mim mesma e por esse motivo me atraso muito. Desta vez, mamãe desperta pouco depois de mim, causando um enorme alvoroço, logo cedinho.
Em um desses dias, após dormir apenas 50 minutos recheados de pesadelo a noite toda, levantei e já era dezembro. O meu novembro meio amargo havia passado, rápido, complicado, e com muitas razões claras.
Nesse novo mês vejo que todos querem através suas portas mas ainda não possuem permissão... querem bater a porta! Sem nem olhar pra trás. Procurem o desfecho de seus novembros, para reconstituir seus caminhos.. fechar seu ano, ou recomeçá-lo várias vezes mesmo no meio da estrada.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Birthday


Esse post não foi clichê, porque não importa quantas pessoas já escreveram, o que importa é que eu não o havia feito ainda e é especial como todos.

Aniversário é a desculpa que usam, acusando que após mais 12 meses passados em sua vida, você envelhece 1 ano. Estúpido dizer que está mais próximo da morte, porque na verdade ninguém sabe quando vai utilizar seu aposento no cemitério. Não é só pelo fato de acrescentar um número a sua idade que te torna mais maduro, feliz ou experiente.
Alguns fazem de seus dias tão bons que aparentam serem anos de aprendizado. As pessoas que passam, as suas áureas que ficam em meus ombros fazendo cócegas e servindo de companhia. Um dia que a maioria lhe deseja felicidade, saúde e afins, compram presentes, te abraçam fortemente e mandam bilhetes carinhosos. Particularmente gosto de aniversário pelos bilhetes. É verdade que a simplicidade enobrece qualquer coisa.
Pura calúnia quando dizem que dou atenção especificada pra essa data e esqueço dos outros dias. A maioria das pessoas que me desejam bons sentimentos e expectativas, estão me desejando, comigo em todos. E é bom saber que alguém lembrou de você, quando comemora x anos do seu nascimento, como festeja junto com eles repetidamente. Comemoramos o porque de estar bem, de pé e com saúde, mas se não estamos assim também comemoramos e fornecemos muita energia positiva ao próximo, mais que nunca.
Repito, comemoramos porque estamos "felizes", anos após o início, o nascimento. Sem o começo não haveria o final. É clichê mas é fato.
De qualquer jeito não importam os prós e contras, é um dia especial. E eu agradeço tudo de bom e de coração que me desejaram e me desejam sempre. Agradeço até as pessoas que por algum motivo baldio, mesmo podendo me ligar e não o fazendo. Não deixam de ser amigos, amados.

Enfim, de novo agradeço. E não me desejo nada, o próximo precisa mais, e não quero viver pela eternidade, dançar ou beber muito se vocês não estiverem comigo. Não julgo como dependência. Mas uma pessoa solitária é como um item, em um lugar, vazia de bons sentimentos e recordações presentes, mesmo que chegue a ser a mais sábia.

29/11

domingo, 14 de novembro de 2010

Eu poeta

Eu sou poeta.
Mas ainda não consegui descrever aqueles nossos versos
Que passaram na grade da minha janela
Depois de correrem por nossos lençóis

Eu sou poeta.
Porém não consegui identificar qual palavra
Aquela do qual você usou para tirar o meu sono
E me petrificar depois das 2 da manhã

Eu sou poeta.
Mas não sou atriz de lágrimas
E não sou formada através de riachos escuros
Cheios de terror e fumaça

Eu sou poeta.
Eu não sou você
Então posso colecionar muitos corpos e muitas almas
Estendê-los num varal curto
Mas prometo que eles serão vítima dos meus cuidados

Eu sou poeta.
Não sou eclétic/a e sou chei/a de dúvidas
Desventuras, ás vezes formada de vivacidade
Não sou formada de muitos palcos
Muitas formas e cenários
Mas sou poeta nos meus sonhos e no interior de alguns.

O que eu sou?
Ás vezes acho mais prudente...
Abdicar do meu poder, deixar tudo fugir
Desvencilhar do seu caminho, vulgo pedacinhos do inferno
Poeta nada, mas eu ainda vou aprender o que é ser, e o é querer ser.

sábado, 6 de novembro de 2010

Sem asas

Sétimo dia do penúltimo mês.
Encontrei vários anjos sem asas pernoitando, do meu lado.
Ao menos os via, sentia os olhares afiados.
Resolvi dar atenção, alguma pouca.
Momentos depois e dias, fazem mais parte de mim. Muito mais que um lugar na minha agenda telefônica.
Pessoas são únicas.
Mas seus lugares são substituíveis.
As marcas ficam, elas se vão.
E outras vêem.
Não pelo consolo, mas para a renovação, para o 0 virar 100 e para o céu voltar a ser azul.
Quando minha semana chega na sexta penso no "novo". Nesse caminho engraçado e torto.
Estou começando a me sentir feliz. Sem preocupação. Na estaca de prata, sem querer partir.
Sem pressa. Sem demora. Sem preguiça.
Sem perda de tempo.
Apenas bem. Quase em paz.
E falando em bem... bem melhor.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Destino.

Depositarei todo o meu pranto no passado, mas o que nasceu aqui dentro não será destruído rapidamente, mesmo que enquanto persista, doa mais.
Vejo diferença em todas as vértices, todas bases.
Para fazer a mesma coisa, existem vários caminhos e algumas pessoas teimam em usar o mesmo, mas tal não.
O destino prega tantas peças, que mede todos centímetros da situação para o menor erro.. e sempre caímos.
Em um começo sempre há um fim.
Eu nunca indaguei que havia sido infeliz. E de novo coloco junto ao vento, a minha felicidade extrema nessa época que acabou. Uma época de sorte.
E sabe, na verdade nem tudo parece tão feio. Fazer alguém pior não te torna melhor, nem te faz menos triste, não é? E não quero isso mesmo. Seria injusto comigo, com todos.
Agora o consolo é saber que me esforcei e fiz tudo o que pude, pela primeira vez me dediquei muito e estendi os meses com o que tirava o meu sono de uma boa forma.
Não ousarei em criar um ritual de esquecimento, eu não preciso fazer isso agora.
Sei que tudo passará, mas enquanto não passa, iniciamos os outros processos, de arrancar tudo que demorou a crescer, e cresceu muito mais que o esperado.
Me sinto sozinha de tudo, mas não existe vazio, tudo está preenchido...
Existem vários caminhos agora, quando um acaba, outros surgem, mas nunca são os mesmos. Alguns distantes, outros cheios de pedra, e todos cheios de métodos para percorrer. Eu vou permanecer parada, no mesmo lugar, no caminho que desapareceu, naquela esquina, e depois de algum tempo vou pra casa correndo. Ás vezes não conseguimos lidar com o que o destino nos proporciona, o que 'trás' para nós enterrado nas escolhas, mas ando susurrando a noite toda para a minha alma que tudo ficará bem.

domingo, 24 de outubro de 2010

-


" Parece que um de seus cordeiros se perdeu. Não trazemos nada ao mundo para deixarmos para trás. Talvez. Mas eu não mudaria nada, não se isso significasse perder o que temos. É, isso. Uma das coisas que me leva ao desapontamento, na vida real, a pessoa certa foge com o escolhido errado, ou o "encanto" acaba. As melhores surpresas são aquelas que você mesmo faz. Fugir é uma maneira de trocar de pele. Mas adotar o amor livre será tão fácil quanto tirar um par de sapatilhas? Parece que alguém andará descalça no parque. "

Let It Ride

Ás vezes não dá. Não adianta ter vontade, lutar, brigar em casa, se espalhar pelo chão, sair correndo, se cortar, ligar, renovar créditos, sofrer e esperar. Não adianta ter cautela, paciência, usar reservas, fazer mágica, tirar coelhos da cartola. Não adianta elemento surpresa, apelar pra santo, medir forças, pedir forças, maneirar e inventar. Não adianta sonhar, fazer malabarismos, fugir e desviar. Mas adiantou andar pelos minutos, brincar com o ponteiro do relógio. Verificar todo dia novo do calendário e todo feriado próximo. Fazer uma, duas coisas, três, realizar esforços, vulgo sacrifícios. Espalhar palavras dos outros pra acreditar em poucas de uma só pessoa. "Changing with the times, looking back on all our oldest memories to realize, we haven't changed at all."

Humana.

Por onde começar?
Dessa vez os dizeres serão diferentes, pois a situação também foi.
Início de ano, tudo novo, amigos novos, namorado novo.
Então encontramos alguém diferente, que de fato nem existia na tal vida.
Em resumo...
Alguém para compartilhar medos, sonhos, expectativas e planos.
Alguém para confiar e caminhar junto.
Alguém que você espera o máximo. E aí está o primeiro erro...
Nós humanos, usamos de nossa tolice esperando muito e tudo de terceiros.
Não que eles não possam realizá-los ou agirem compativelmente com suas expectativas...
Mas porque simplesmente não devemos esperar nada.
Sentir e pensar coisas sem esperar em troca.
Mas qual seria a graça do seu esforço sem receber esse tal nada?
Nenhuma.
Então esperamos, nos decepcionamos e sentimos dor.
Ai vida. Tão ofegante me fastes, tão sem cor esses dias me trazes. E chorar pelo que passou não adianta mais.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

'...'

Algumas dores e dúvidas estão ausentes após 48 horas.
Mas eu ainda me sinto triste.. por mim. Comigo.
Porque eu decidi espalhar as palavras sobre a mesa, e eu não sei se elas cairão e quebrarão a seguir.
Qualquer coisa que me salve.
Let's try!
Talvez tudo bom volte.. ou saiam do planejado.

'With an ironclad fist i wake up and french kiss the morning
While some marching band keeps its own beat in my head while we're talking
About all of the things that i long to believe,
About love, the truth and what you mean to me.
And the truth is, baby, you're all that i need.

I wanna lay you down in a bed of roses
For tonight i sleep on a bed of nails
I wanna be just as close as the holy ghost is
And lay you down on a bed of roses

Well I'm so far away
Each step that i take is on my way home
(...)

I've got nothing to prove
For it's you that i'd die to defend.'

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

101 coisas sobre a kah :)

1- Meu nome é Carolaine. Mais conhecida como “kaah”, “kah” ou “devil”(pelo plurk). Odeio meu sobrenome [Stéfanie], meu pai diz que foi em homenagem à princesa de Mônaco, mas foda-se aquela puta, não gosto.

2- Sou sagitariana, cruzeirense, mineira.

3- Quando pequena, minha mãe ficava me falando que a galinha voadora ia me pegar, pra eu poder dormir.

4- Gostava de RBD.

5- E ainda sou zoada por isso.. .-.

6- Adorava brincar de cozinha, até que a vaca da filha da empregada quebrou minha colherzinha preferida.

7- Já machuquei um menino no prézinho na hora de balançar, o chutei.

8- Vesti de borboleta no teatro, e escolhi tal personagem porque queria voar.

9- Minha mãe foi meio ausente na minha infância, fui praticamente criada por minha avó paterna.

10- Uma vez minha avó se esqueceu de me buscar e as cantineiras más me falaram que eu teria que dormir lá pra sempre.

11- Quase morri de chorar.

12- Gosto de palhaços.

13- Já dei pipoca pro meu coelho comer e ele morreu.

14- Cortei 2 palmos de cabelo quando me deixaram sozinha.

15- Odeio gangorras.

16- Mas gosto de playground. Já estourei um balão porque era velha demais pra brincar.

17- Viajei pouquíssimas vezes.

18- Gostava de comer arroz com farinha e miojo com mostarda.

19- Quando a minha avó faleceu, fui jogar Super Nintendo com o meu padrinho.

20- E 1 ano depois me dei conta e fiquei chorando por dias.

21- Assisti o enterro do “Leandro” do “Leandro&leonardo” enquanto chovia.

22- Enjoo das pessoas fácil fácil.

23- Não gosto de paparicação.

24- Jogo futebol super bem e chuto canelas mais ainda.

25- Nunca gostei de meninos mais novos que eu.

26- Andei muito de patins.

27- E ficava o dia todo na rua jogando queimada.

28- Brincava de maquiar com lápis de cor.

29- Gostava de me fantasiar.

30- Já coroei por 3 anos.

31- Cantei no coral.

32- Fiz catecismo, mas abandonei minha vocação pra freira ficou lá na sala.

33- Comecei um curso de inglês, mas fiquei de castigo e saí.

34- Fiz 2 contas de 200 reais na padaria, só comprando sorvete, balas, chocolates e doces.

35- Me senti culpada e fiquei mal por 3 meses.

36- Já tive depressão e tomei calmantes pra doidos.

37- Hoje eu sou assim, nenhum calmante ajudou HUAEHAUHAE.

38- Odeio esperar e me atraso muito.

39- Queria cabelo anelado ao invés de liso.

40- Amo shorts, vestidos. Sair empacotada não tem graça.

41- Não gosto de ser agradável.

42- Minha sala na 8ª série todo mundo se odiava, menos eu.

43- 2007 e 2009 foram os meus melhores anos.

44- Já namorei com um cara que morava aqui do lado da minha casa.

45- Agora eu namoro com um que mora a 300 km daqui. Ou mais.

46- Ás vezes acho que não consigo tocar o interior das pessoas, não sei porque.

47- Amo Harry Potter.

48- E livros.

49- Chorei lendo “A menina que roubava livros” e mais outros montes.

50- Chuva não combina com sair de casa.

51- Não gosto de cócegas, me deixa com raiva.

52- Me cutucar também.

53- Eu sou um perigo com unhas grandes.

54- Cor: Vermelho, Preto, talvez verde

55- O centro de BH me deixa com raiva.

56- Guardo cartas, flores ou qualquer bugiganga que me faça lembrar pessoas legais.

57- Sou meio perdida.

58- Estou concentrada. Mas se você me faz perder a concentração, ela não volta nunca mais.

59- Não uso brincos. Não mais.

60- Tenho medo de agulha.

61- Tenho PAVOR de dentista. E fugia das consultas quando pequena.

62- Constituí mais vidas do que as destruí. E me orgulho disso.

63- Durmo muito fácil.

64- Tanto que já dormi na virada do ano.

65- Não costumo viajar, oh shit

66- Já dancei junto à música, mesmo sendo um axé odiável.

67- Uma vez, no churrasco do Max, bebi conhaque com cerveja até vomitar e bati a cabeça.

68- Já acampei. E fui pra Jacubah.

69- Nessas idas, escorreguei na pedra da cachoeira, de bunda.

70- Falando nisso, caí várias vezes subindo em bola... De bunda.

71- E de skate.

72- Nunca fiquei internada, nem quebrei nada, nem sofri acidente.

73- Aos 7 anos, pedi um cd da Xuxa pro meu pai e ele chegou com um do Offspring.

74- Gosto de sessão da tarde.

75- Cansei dos desenhos. Desenhos novos não são legais. Assim como bandas.

76- Eu sou covarde.

77- Não tenho coragem de fazer mal à ninguém. Mesmo que me façam.

78- Na sala de aula todo mundo me aperta. Odeio isso.

79- Canto mal pra caralho.

80- Tenho um aquário sem peixes.

81- Adoro cosmético.

82- Não gosto do meu corpo.

83- Os meus melhores amigos estão no plurk.

84- Sou voluntária.

85- Faço outros cursos.

86- O fundo do mar me fascina.

87- Por isso queria ser bióloga marinha, mas além de não ter por aqui, é caro.

88- Amo fotografia. Português. Reportagens...

89- Então eu quero Comunicação Social.

90- Manipulo as pessoas da minha sala.

91- Quero comprar um telescópio.

92- Adoro ler Clarice Lispector.

93- Não sei o que sou na maioria do tempo.

94- Tenho nervosismo, alegria, emoção, raiva, medo, indiferença. Ás vezes tudo junto.

95- História me faz dormir.

96- Eu corro das pessoas.

97- Sou criativa.

98- Ainda não fiz 1/3 do que planejo na minha vida. Espero poder realizar tudo até morrer.

99- Me decidindo para entrar na Escola Militar.

100- Sou baixinha.

101 ..

" Ninguem vai bater mais forte que a vida.
Não importa o quanto você bate, e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando.
O quanto pode suportar e seguir em frente.
É assim que se ganha. " Charles Chaplin

Sem criar título.

Estou apelando para mais um post idiota e sem sentido. Dane-se.
Talvez eu teria tanto pra dizer em tão pouco tempo. E talvez eu poderia resumir e dizer só o necessário, mas o que é mesmo preciso de dizer e suficientemente direto? Falar de mais é errado. Pelo jeito de menos também.
Mostrar, impossível. E de qualquer jeito eu sempre estou contra o normal, a culpa está em cima de mim.
Então no final das contas é apenas perca de tempo? Com certeza não, por minha parte pelo menos.
Isso seria mesmo o que eu queria? Onde eu queria estar?.. O coração me aperta tanto agora. Me dói tanto.
Ás vezes quanto mais tentamos deixar as coisas claras, mais elas se escondem do seu verdadeiro sentido, do que devia ser dito sem indiretas.
Eu preciso falar, escrever, mesmo que depois me questione. Me sinto tão mal...
Eu não tenho paz pra estudar, dormir, nem pensar.. tudo está perturbado, questionando partes, sentimentos, dias.
Sentir que está sem rumo nem direção. Que as opções e estradas estão embaçadas e você não consegue enxergar o fim do seu destino..
Não sei o que dói mais, a certeza ou a dúvida. A certeza de que tudo deu errado ou a incerteza de que tudo está encaminhado ao erro.

Nada - é o que consigo fazer.
Nada - é o que entendo de mim.
Não - eu não quero me mudar para um novo batimento.
Nunca - espero ir tão longe que não consiga mais voltar (...)

" Hoje é o dia
E eu quase posso tocar o silêncio
A casa vazia.
..

Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz?!
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais
..

Eu lembro dos filmes que eu nunca vi
Passando sem parar em algum lugar. "

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

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Não tentar entender, só deixar de explicar..
Eu tenho a primavera, na verdade sou pertencente a ela.
Ciclos que explodem estão neste mês, a chuva começa, os fatos fogem.
Pessoas entram e saem da minha vida, às vezes se escondem e eu nem consigo perceber.
Aquela música faz parte de tudo pra mim. Da felicidade e catástrofe.
Eu espero, mas aquela sala está abafada, me expulsando..
O curso da estrada sempre muda e me surpreende da pior forma.
É hora de procurar um baú, e forrá-lo com mantas de veludo.
Eu não quero.


"We the people fight for our existence
We don't claim to be perfect but we're free
We dream our dreams alone with no resistance
Fadin' like the stars we wish to be

You know I didn't mean
What I just said
But my god woke up on the wrong side of his bed
And it just don't matter now

'Cause little by little
We gave you everything you ever dreamed of
Little by little
The wheels of your life have slowly fallen off
Little by little
You have to give it all in all your life
And all the time I just asked myself why, are you really here?"

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Limite

"O que mais me atrai nesta história é o quanto pudemos ultrapassá-lo. E o modo que usamos.
A víbora dança o seu tango de forma desastrada.. seus olhos pequenos e profundos. O que existia antes de tudo?
A razão. O intuito. O falso sentimento.
E quem diria ou pudera apontar tamanho erro seguido de pontas rasgadas sob a própria dor?
Promessas. - lembrara a política, nada cumprido, apenas deixado como peso no ponteiro do relógio velho.
Alguns meses, bom, algumas estradas e um oceano por separar.
Isso não muda muita coisa, a não ser, impedir de sentir o seu hálito quente meio menta borbulhando centímetros depois de mim.
Eu não sei por onde se perdeu o respeito, a total razão e o toque sábio. Eu vejo o caminho para o penhasco, um pouco antes do fim.
Troca. Por como valores. Riquezas, troféis. A falta de nobreza e seriedade interna. Vergonha - por você.
"Ponto", observe onde você foi capaz de chegar? Ao menos pedir desculpas? Um terço do primeiro passo para corrigir o tal erro.
O que pudera adiantar? Que outra víbora fosse potente o suficiente para lhe envenenar com o próprio veneno de suas presas?
Sentir a falta de postura, aqui do lado. O que era /pseudo/amor se transformou em vingança, espinho e covardia. Mais erros.
Onde está o limite? Em magoar quem ama você? Ou que você um dia prometeu e jurar amar? O cálice foi derramado.
Não existe "voltar atrás". Não dá mais, acabou. Deixo a você, a impressão de meus olhos que saltam toda vez ao ler mais palavras e promessas, para um outro alguém,
preparada a ir de volta ao próprio além."

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Agosto

Um post para reclamar desse mês que tanto me estressa.

Mês feio. Sem feriado, com algumas motinhos.
Eu particularmente gosto de motos, mas isso não interessa.
Segundo dia de um mês roxo. Não no bom sentido ('pensando').
Hoje as aulas recomeçaram. Preciso voltar ao pique do ano passado, cumprir o tal pacto.
Parabéns pra quem perdeu o seu tempo pensando que eu estou no 2° ano e ando conversando com o vizinho mais que devia. Acertou. Isso reflete nas minhas notas, um pouco distantes do total de uns meses atrás.
Meu peixe sumiu. Sabe, é que comprei 6 no sábado que acabou de passar. Informação inútil, não? Concordo. Sumi a comida deles, preciso encontrar pra que o resto não morra...de fome.
Ah que bom, estou ouvindo o álbum The Summer Tie Ep - Paramore. Faz um tempinho que não o ouço.
Ando desanimando, tenho curso á noite. Só quero dormir.
Férias eternas? Leu meu pensamento. Mas enjoaria...as companhias, os afazeres e tudo mais.
Itaúna não é uma boa cidade quando você está afim de viver coisas novas e etc, só se estiver com muita grana disponível e um carro. Se você tiver aí sobrando, me estenda, agradeço.
Juro que ainda estou cansada após 2 semanas de férias. E muito. Pensar dói ás vezes.
Pensar enlouquece... pois bem.
Eu estou começando a sentir meus olhos fecharem.
Daqui alguns 15minutos posso fechá-los. Não em paz. Naquele silêncio de morte talvez.
Sabendo que preciso abrí-los e prosseguir naquela destestável rotina.
Estou pensando em umas coisas para a vida.
Eu quero um emprego. Isso implicaria na minha responsabilidade e a aumentaria, também expandindo a confiança dos velhos em casa.
Eu teria dinheiro. Ser independente me parece tão bom, gostoso.
Eu estaria fora. Fora de casa, longe do alcance, assim, ocupada.
Eu não observaria os peixes. E não perderia o meu tempo bisbilhotando o aquário em busca de um deles que sumiu mesmo.
Serei eu uma tia chata cheia de bichos? Um cachorro, seis peixinhos, dois gatos, uma tartaruga, uma iguana e um panda.
Pelo menos não são somente gatos. Me parece legal, mas eu prefiro partir para o andar debaixo.
Eu quero viajar. Com dinheiro e emprego posso viajar. Tá?
Eu não suporto ficar socada em casa mais. Nessa cidade do demônio, é, isso aí.
Eu preciso visitar algum lugar, tipo assim, um que seja a mil km daqui. Ou mais ou menos isso.
Eu quero respirar em paz. Tudo anda sufocando. A paciência no limite, no fim.
Muito bem, vou apressar algumas tarefas pra poder fechar os olhos e descansar em um pseudo-leito pela primeira vez.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Estamos com fome de amor.

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão" Pretenciosamente digo que assino em baixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas.
Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos Tem mulher contratando homens para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só isso não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormirem abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.
Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plástico, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!

(Arnaldo Jabor)

domingo, 11 de julho de 2010

Também...

Eu também estou cansada, tudo isso também me dói.
Não sei se são lágrimas que estão a mostra nos meus olhos.
A tristeza e o medo de te perder.
Eu lutei até onde não pude mais. Corrompi os laços e travei brigas.
Dessa vez caso tudo acabe, não terei de pensar ou me arrepender por não ter feito nada.
Eu posso dizer de cabeça erguida que fiz tudo.
E agora eu estou com medo, de perder alguém que eu amo muito.
Digo que amo sem medo, sem dar atenção às cobranças e adjacências.
Eu ainda quero que fiquemos juntos até o fim dos dias. Que possamos sorrir um para o outro na inocência como hoje. Com nosso amor inocente.
Pela primeira vez eu não fico exatamente triste ou picada em pedaços pelo fim, que eu não sei se virá. Eu ainda vou poder te amar, não é? Mesmo que vá doer, quando você não sentir o mesmo por mim.

A garganta só aperta, o estômago só dói e a face enrigece.. lágrimas eu não vejo, não despejo, o pior está guardado e ainda não veio. Quando vier, inundarei meu próprio espaço.



Fugir ou ficar.


Por todas as coisas que eu saiba, e qualquer lugar que eu vá
Isso se tornará mais difícil, mas eu não vou desistir.
E quando o último cair, e quando tudo estiver dito e feito...
Isso se tornará mais difícil, mas eu não vou desistir.

Mais um beijo poderia ser a melhor coisa,
e todos estes pensamentos nunca descansam.

Só existe você em minha mente agora
E este mundo cai sobre mim
Neste mundo existe o real e o faz-de-conta
Mas isso parece real pra mim..

Estou indecisa entre a vida que levo e onde estou.
Eu sonho com o futuro que eu espero...
E acabei esquecendo como esse amor pode ser uma coisa boa

E não importa o quanto eu tente
Eu não consigo escapar dessas coisas dentro de mim
Eu sei, eu sei
Mas todos os pedaços se desmancham.

domingo, 27 de junho de 2010

Live Another

Te estendo a lua, a mão, o trovão. Me estende a nuvem, a verdade, talvez em vão. Me envie um olhar, um tiro, sua razão, necessário, preenchido, minha razão, em vão.

Fuzile os olhos, a alma, o coração.
Voe sem mais, distância, velocidade, podridão.
Um mecanismo, uma defesa, a solidão.
Insensatez, limites, invasão.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

So I need you

If you could step into my head,
tell me would you still know me?

If you woke up in my bed,
tell me then would you hold me?

Or would you simply let it lie,
leaving me to wonder why?



I can get you out of this head..
I call mine and I will say

Oh no I can't let you go,
My little .boy

Because you're holding up my world,
So I need you
Your imitation of my walk and the perfect way you talk
It's just a couple of the million things that I love about you
So I need you.

3 doors down - So I need you ♪

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ela.



" Ela tem medo de trovões, ás vezes de escuro e assombração. É impulsiva, marrenta, maníaca, psicótica... variando na maioria do tempo. Pensa que quanto mais as pessoas se conhecem, menos se encontram. Pensa que o mundo é egoísta demais - todo mundo pensa isso. Pensa que decisões devem ser analisar antes de serem tomadas - pelo menos na maioria das vezes. Que deve-se saber como e quando agir para ferir o próximo o mínimo possível e não deixar de lado a preocupação consigo mesma.


Acha a vida, uma viagem, com destinos idiotas, mas alguns poucos incríveis, que precisa de muita coragem pra desafiar e diferenciar o certo e o errado na hora certa. Pra quem não arrisca por medo de fraquejar perde o melhor da vida que há... pois sem erros não existem acertos, experiências... e sua passagem foi vivida em branco.

Ah, o amor. Não tem definição certa... talvez uma descrição; uma porta aberta para a ilusão e a decepção, se no fim não der certo. Quando o "azar" te acompanha e você conhece os espinhos que te perfuram e partem seu coração em dois. Mas quando ele é recíproco, o mundo inteiro fica em paz... a vida com um sentido a mais... qualquer música se encaixa, o medo de sofrer ou a vontade de fugir desaparece.

Voltando. Ela não é nada extraordinária, não tem visão a laser, não é invisível e nem atravessa paredes. É meio zen. Extravagante ás vezes e em outras tímida ao extremo. Toca violão, lê e escreve bastante, mas tem uma lei idiota que não permite mostrar nada disso a ninguém. Ela analisa, critica, pensa em ser fonoaudióloga ou bióloga marinha, sei lá. Ela é indecisa, como perceberam. Gosta de violino e piano. É rabugenta, sem paciência e monótona na maioria do tempo. Gosta de gatos - não, nada de cachorros. Não faz planos de "família e filhos" desde os 12 anos. Gosta de vermelho, de palhaços, origamis.Ela se ferra, se perde, mas não segue os passos dos outros. Uma mistura de escuridão, luz e raio. "

Só mais uma delas.

Cronometrando.

" Eu quero que o ponteiro se esconda por trás do relógio, que a bateria acabe e derreta o pêndulo. Desejo morte ao passarinho que antecede ao som do cuco. O whisky espera por mim na mesa de madeira depois da madrugada. Eu vou adiante, piso e apago o seu cigarro, sua chaminé de fumaça. Meu amigo estende seu ombro rígido onde posso repousar minha mente vazia. Correndo, vivendo ou dizendo.Te puxo, te solto, te olho, me entristeço e parto. A luz caleidoscópia da próxima noite me cega, paro, penso, ouço e choro. O mesmo tom surdo do mês passado toma conta de todos espaços. Volta, não me solta, não parta, não me parta. Desfaça o laço, puxe sem dó nem limite. Ás vezes dói, mas eu não ligo. São quase 3 da manhã, o jogo só começou, volte a estaca 0 até o último sino alarmar o fim do jogo, espalhar sua 'perda'. Sua quase vitória pincelada de fracasso. Mas já não tenho tempo para perdedores. O cronômetro vai explodir. Passa o tempo, passa a hora, o dia volta e o circuito se completa. "

domingo, 13 de junho de 2010

Dia dos namorados.

O Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim é uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais sendo é comum a troca de cartões e presentes com simbolismo de mesmo intuito, tais como as tradicionais caixas de bombons. No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de junho.

Disso o meu dia não teve nada, mas pensei em tudo de bom que fazendo boas escolhas me proporcionei. Provavelmente você vai querer me chingar depois do post, porque poderia estar jogos da copa ou simplesmente dormindo para saber como foi meu dia 12.

-

Era meia noite e o relógio já me dizia que era dia dos namorados. Eu estava com a Carla em uma festa... lançamento do cd do primo dela. De acordo com meus cálculos tortos estava sem celular há quase 2 meses. Caro amigo, dê valor ao seu porque faz muita falta.Logo nem poderia dar um telefonema.
Acordei 8:50 com o corpo meio pesado, dando graças á Deus de ter dormido. Deitei novamente e levantei as 10:00. Meu pai havia saído e deixado o rádio ligado como de costume... só pra fingir que estava em casa e não me dar trabalho em levantar atoa.
Fiz malabarismos e saltos ornamentais para conseguir que fossemos a Belo Horizonte SHIT CITY para comprarmos o meu celular. O melhor foi que decidiram ir de última hora e tive que sair aos tropeços e chutes de casa. Odeio sair com pressa. Nem avisar, nem nada. Só 5 palavrinhas.
O caminho foi um tédio. Sou uma pessoa bem perturbada e inquieta, por isso fui me mexendo por todo o caminho... sem contar que coloquei minhas músicas no alto-falante, fui cantando horrorosamente e por milagre ninguém disse "hey, você aí! cala a boca". Mas na verdade, fui pensando um pouco... em alguns detalhes superficiais... mas a inquietação me tirava a concentração.
Passou Betim, Contagem e chegamos em Belo Horizonte.
Comprei meu iPhone. Isso foi legal e me deixou feliz. Mas a minha mãe ficou possuída do nada e fechou a cara, começou a brigar com todo mundo e o pior... fez de tudo para virmos embora naquela hora.
Bom, eu havia feito vários planos para aquele sábado... não que eu estivesse pensando que seria um dia perfeito, o tempo fechou assim que chegamos na cidade então sei lá... , a nostalgia bateu novamente, o coração começou a cortar "do nada", cuspi ódio.
Aquele mutuê de pessoas e vuvuzelas no meu ouvido me deixaram louca. Queria sair matando todo mundo, sinceramente. Meu lado negro foi tomando conta e então aos poucos ele estava totalmente a mostra. Fomos pegar um metrô. Vergonhosamente admito que nunca havia entrado em tal, mas isso não me deixou nem um pouco mais satisfeita. Acho que aquilo deveria ter mais bancos! u.u
É. Acho que coisas simples na vida podem mudar mesmo o meu mundo, o seu, ou "O mundo". Percebi todas as feições das pessoas que passavam por mim, todos com olhares tristes, e no fundo deles havia satisfação por estar indo para casa depois de um dia e tanto de trabalho e/ou compras. Eu fazia parte deles, porque também estava feliz bem no fundo por estar indo pra casa.
Um moço que ficou "de frente" para mim estava com uma sacola em formato de coração. Creio eu que aquilo era um embrulho de presente, e percebi também em um de seus dedos uma aliança prata... provavelmente de compromisso. Lembrei arduamente que estávamos no dia 12. Em junho. Dia dos namorados. Rapidamente olhei os prédios passando, "triste" por não estar com o meu. Na verdade, havia sido um dia "comum" como todos os outros dias feitos para namorados, mas senti saudade... pensei comigo mesma que o que eu queria era só poder passsar algum tempo com quem eu gosto. Naquela hora. Naquele minuto. 'Doeu' mais que o meu dia horrível. Junto vieram as coisas tristes que me aconteceram, as decepções, as fatalidades. A realidade da distância. Meu corpo começou a formigar do nada e meu rosto enrigeceu. Até que prestei atenção em uma pequena coisa que dessa vez não me destroçou... um garoto que deve ter a minha idade cedeu o lugar para uma idosa, ajudou com as compras e tudo mais. Isso enquanto do outro lado um idiota ria da velha mulher. Pode ser simples, idiota, imbecil mais um monte de catastrofidades, mas me deixou feliz. Todo aquele sentimento ruim também fora destroçado naquele minúsculo instante.
Descemos no Eldorado e pegamos o ônibus pra vir para Itaúna. Sentia meu corpo como pedra, não olhava para os lados, só para frente e do canto do olho observava a estrada. Fui analisando em como as lembranças te sustentam e podem ajudar a salvar seu dia. Elas me alimentaram como puderam e do nada, meus olhos se encheram de lágrimas. Eu ainda não sei bem o porque, mas olhei para cima, apertei os olhos e impedi que caíssem.
A nostalgia que havia deixado no metrô voltou, e novamente me senti triste. Faltava alguma coisa, eu sabia o que era. Não havia me divertido em mais um dia ruim no calendário e agora precisava de algo que servisse de apoio.
A estrada estava acabando e um chocolate me animou. Por mais uma estrada escura e sem estrelas passei e 30 minutos depois estava em "casa". Uma placa de "Seja Bem-Vindo(a)" me animou mais um tanto e vim de carro para casa.
Liguei o computador, cadastrei o celular e tudo aquilo me animou muito. Li várias palavras que se formaram um depoimento e aí senti meu lado bom voltar. Vi como era bom estar em casa, e mesmo não podendo estar junto, conversar com quem eu gosto.

Só pra vocês me chingarem menos, feliz dia dos namorados. Fiquem felizes por terem um alguém em suas vidas que te compreende, que te faz absurdamente feliz, que gosta de você e que você espera poder dedicar seu amor por esse tal alguém até o fim dos dias. Mesmo que alguns desses "alguéns" estejam distantes, vocês devem saber tanto quanto eu que quando vocês estão juntos tudo volta ao normal e o amor volta ao que haviam "pausado" quando foram deixados por um Tchau. Pelo menos não é um Adeus e esperamos que quando nos deixamos distantes, tudo esteja no lugar, do mesmo jeito ou melhor quando voltar.



terça-feira, 1 de junho de 2010

Shall never surrender

The time has come and so have I
I'll laugh last cause you came to die
The damage done, the pain subsides,
And I can see the fear clear when I look in your eye

I never kneel and I'll never rest (rest)
You can tear the heart from my chest (my chest)
I'll make you see what I do best,
Of succeed as you breath your very last breath (last breath)

Now I know how the angel fell, (angels fell)
I know the tale and I know it too well,
I'll make you wish you have a soul to sell,
When I strike you down and send you straight to hell

My army comes from deep within
Beneath my soul beneath my skin
As you're ending I'm about to begin,
My strength, his bane and I will never give in

I'll tell you now I'm the one to survive,
You never break my faith or my stride
I have you choke on your own demise,
I'll make the angels scream and the devil cry (...)

sábado, 1 de maio de 2010

O que você quer ver?

Eu quero ver o chão tremer, o céu cair, as nuvens disputarem espaço.
Quero ver o céu negro, arroxeado, doente e machucado. Q
uero ver uma chuva torrencial desabar, crianças chorarem e o ar faltar.
No fim dos tempos.


Eu quero ver que da cinza nasça uma flor vermelha, um lírio ou um espinho azul.
Quero ver um arco íris de 3 cores, não de 7.
Quero ver um sol menos amarelo porém mais brilhante.
Quero ver mais igualdade e menos bobagem. Quero ver mais equilíbrio.
Quero ver um mundo menos sujo. Quero ver você.
No recomeço.


Quero ver um pai feito de verdade e uma mãe forte.
Quero me olhar no espelho e agradecer porque posso mesmo ver.
Quero ver onde vou e onde estou.
Quero ver e ter a certeza de que posso ir pra longe.
Quero ver um pássaro de fogo.
Quero ver o mundo deles.
Quero ver uma lua que me dê uma exclamação, não uma interrogação.
Quero ver agora.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sobre expectativas.


" A expectativa é o primeiro passo para a decepção. "


Eu espero coisa demais. Que o sol demore se pôr, que a lua esteja bonita.

Que a luz do poste não me atrapalhe a ver a rua.

Que o arco-íris não desapareça rapidamente.

Que o ônibus não atrase na segunda-feira.

Espero que a fonte não seque.

Que os amigos que restam não se distanciem.

Que a felicidade se estenda durante longo período.

Espero que a música não acabe,

Que a melodia me invada e consiga um novo lar.

Espero que o choro acabe, que o sorriso alague o próximo olhar.

Espero poucas horas, espero um novo dia e uma nova madrugada feia e barulhenta.

Espero que olhos atentos substituam olhos de vidro,

que se encham de coragem e tentem lutar.

Espero que sejam sustentados por sonhos e não alimentados por eles,

mesmo que durem pra sempre são facilmente quebráveis.

Espero que as manhãs sejam mais frias para ter um moletom listrado que me aqueça.

Espero que o jantar não atrase, que a chama suspensa na vela não apague com o vento.

Espero que minha dose diária de cafeína não perca o doce sabor.

Espero que a alça da xícara não caia nem quebre por me causar horror.

Espero ter estrelas na noite seguinte, ter um céu carregado e alguns feixes de luz aparentemente derrapando.

Espero poder esperar, dormir bem, simplesmente dormir ou dormir para sempre.



domingo, 18 de abril de 2010

Para esse domingo.

Certezas

Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…
e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…
e que valeu a pena.

Mário Quintana;