quinta-feira, 15 de julho de 2010

Estamos com fome de amor.

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão" Pretenciosamente digo que assino em baixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas.
Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos Tem mulher contratando homens para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só isso não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormirem abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.
Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plástico, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!

(Arnaldo Jabor)

domingo, 11 de julho de 2010

Também...

Eu também estou cansada, tudo isso também me dói.
Não sei se são lágrimas que estão a mostra nos meus olhos.
A tristeza e o medo de te perder.
Eu lutei até onde não pude mais. Corrompi os laços e travei brigas.
Dessa vez caso tudo acabe, não terei de pensar ou me arrepender por não ter feito nada.
Eu posso dizer de cabeça erguida que fiz tudo.
E agora eu estou com medo, de perder alguém que eu amo muito.
Digo que amo sem medo, sem dar atenção às cobranças e adjacências.
Eu ainda quero que fiquemos juntos até o fim dos dias. Que possamos sorrir um para o outro na inocência como hoje. Com nosso amor inocente.
Pela primeira vez eu não fico exatamente triste ou picada em pedaços pelo fim, que eu não sei se virá. Eu ainda vou poder te amar, não é? Mesmo que vá doer, quando você não sentir o mesmo por mim.

A garganta só aperta, o estômago só dói e a face enrigece.. lágrimas eu não vejo, não despejo, o pior está guardado e ainda não veio. Quando vier, inundarei meu próprio espaço.



Fugir ou ficar.


Por todas as coisas que eu saiba, e qualquer lugar que eu vá
Isso se tornará mais difícil, mas eu não vou desistir.
E quando o último cair, e quando tudo estiver dito e feito...
Isso se tornará mais difícil, mas eu não vou desistir.

Mais um beijo poderia ser a melhor coisa,
e todos estes pensamentos nunca descansam.

Só existe você em minha mente agora
E este mundo cai sobre mim
Neste mundo existe o real e o faz-de-conta
Mas isso parece real pra mim..

Estou indecisa entre a vida que levo e onde estou.
Eu sonho com o futuro que eu espero...
E acabei esquecendo como esse amor pode ser uma coisa boa

E não importa o quanto eu tente
Eu não consigo escapar dessas coisas dentro de mim
Eu sei, eu sei
Mas todos os pedaços se desmancham.