quarta-feira, 26 de junho de 2013

Como ser humano da melhor forma



      Tudo bem, penso eu. A vida segue. Ser humano é aceitar que a decepção faz parte da vida. A esperança, como boa guerreira, consiste em não saber ao certo se o outro quis de fato magoar você ou se foi tudo sem querer. Tomara que ele descubra. Tomara que, enfim, as coisas possam voltar a ser o que eram. Talvez um pouco arranhadas ou até coladas com algo que grude e não mais solte. Tomara que, ainda que seja uma costura de mentira, um abraço ainda possa ser dado. Fiquei chateada, mas não a ponto de jogar a toalha, isso é demais pra mim, um ser que acredita. Espero que você não tenha desaprendido a caminhar.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Retratos do amor

        




       O amor não é uma desculpa. Você não pode justificar o ciúme com o amor. Sinto ciúme de você porque te amo demais. Eu já disse isso, mas hoje vejo diferente. Se eu amo demais, o problema é meu. Dizer que ama e quantificar o amor só serve para quem sente. Se eu tenho o maior amor do mundo, o mais puro e o que mais me faz feliz o problema é exclusivamente meu. Sabe por quê? Não importa o amor que eu sinto, não para o outro. Para o outro importa como eu demonstro, me comporto e vivo esse amor. O que adianta eu dizer que o meu amor é o mais puro de todos se eu não mostro isso? O amor não é uma palavra bonita. O maior problema do mundo, hoje, é esse. As pessoas acham que falar basta. Não, falar não basta. O amor não tem que ser dito, ele precisa ser sentido, senão ele não sobrevive.

Ser então, mulher.




Sou uma mulher de gostos e versos. Um pouco ladra, eu diria. 
Roubo histórias, bordo palavras, costuro sonhos, desato pensamentos. Coisas de quem escreve, encare assim. 
Quem fica ao meu redor tem que entender que, vez em sempre, algo será tomado para e por mim, sem dó. Me aproprio indevidamente de vidas e falas. 
Não leve a mal se por ventura algum dia o seu sossego for passear junto comigo. E se por acaso a insônia se tornar a sua melhor amiga, admita que eu venci. 
Gosto de esfregar na cara do suposto adversário as minhas vitórias. Em certas ocasiões o mais digno é engolir tudo elegantemente.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Happy Valentine's Day


"E o que você vai fazer no dia dos namorados?"
"A mesma coisa que faço todos os dias, tentar conquistar o mundo!"

terça-feira, 11 de junho de 2013

Falando sobre sacrifícios



Sabe, eu odeio falar sobre sacrifício. Coisa contraditória pra mim, já aviso! Pois essa palavra me desperta, e consegue me fazer lembrar das minhas ações. E dessas ações, tem momentos que eu me sinto impotente, por ter feito aquilo, e pelos porquês da vida, sem ter algo em troca. Ao falar de sacrifício, eu entro  em conflito comigo mesma, na verdade, sobre o conceito dessa palavra....se sacrificar, seria fazer algo grandioso ou pequeno, sem esperar nada em troca? Ou é simplesmente sacrificar algo importante, em prol daquilo? Como uma troca doída? Dizem que o valor do amor está vinculado a quantidade de sacrifícios que estamos dispostos a fazer. Mas, quando você se vê sozinha, lhe garanto, cansa. 
É um caso a se pensar...você, se debatendo nas milhões de gotas do oceano, afogando em poucos minutos, e de repente mergulha lá no fundo para salvar mais alguma coisa, por motivos que são importantes pra você, e sei lá pra mais quem. 
O melhor é agir quando há a empatia, essa hora em que nos colocamos no lugar do outro e sabemos que ele faria a mesma coisa. E claro, decepcionante é saber que o outro não fará, e mais frustrante ainda, é achar que ele agirá de modo positivo e no momento, fazer o contrário. Avisei que tudo ia ser contraditório, né? As ideias estão confusas na minha mente, e me magoa muito estar no meio dessas decisões, decepções, desordem. Eu sugiro que não façamos nada que intitulemos "sacrifício", que esta seja uma ação banal com outro nome, para que não pese em nossas consciências...ao sacrificar todos os gostos, paixões, tempo, sem nada no final, tudo morre, diante da cobrança do sacrifício oposto. Que façamos por fazer, sem expectativas, que apodrece o ser humano, sem esperança, que também o deixa cego.
Por sacrifício, matamos nossa personalidade, nosso amor-próprio, nossos gostos, em vão.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Baby, I wan't a smile.


Eu admito que a vida tem mudado muito. Esperei tanto por isso! Admito também que fui obrigada a forçar a barra, pois as circunstâncias estavam me matando de forma abrupta. Meu consciente morreu e só as dores apareciam, em um intervalo de tempo já viria um grito de desespero. Eu era sacolejada pela falta de amor. Amor a mim mesma. A minha essência se foi diante de tantas responsabilidades e nada para acalmar a fúria do meu mar. As pessoas ao meu redor foram passando, algumas se afastando, outras nem poderão voltar mais. E o que eu fiz? Sentei e assisti, de olhos fechados e sem sentir. Fui empurrando tudo de bom para o escuro, e chorava mais que o normal. 
A vida doeu nesta época, e pude dizer que eu mal respirava. Por meses escrevi versos tristes e fui alguém diferente de mim. Eu não soube separar nada. E nos bons dias, eu só sabia reclamar. Um dia, resolvi colocar um ponto final neste desastre todo, então as coisas mudaram.
Hoje estou plena de conforto, sorrisos simples. Eu amo o meu sofá, as minhas coisas pequenas e baratas, em que consigo fazer milagre com elas. A fotografia tem me feito fã dos momentos, circunstâncias, voltei a registrar tudo, cada sorriso cotidiano. Atualmente, tudo tem importância! Venha comigo, aqui é onda é boa, e, se a mudança for demais pra você, quem sabe ficará para trás? Eu quero estar bem, vou me amar demais, é uma promessa!

Do mundo degradê


Deste mundo, de terra e mar.
Deste mar, de viagem a vida.
Desta vida, de amores a conforto.
Deste conforto, de cama a sonho.
Deste sonho, de vontade a força.
Desta força, de prosperidade a esperança.
Desta esperança, é eternidade e você.
De você, surpresas, algum dia um desencontro.
De desencontro, um novo caminho, estradas.
De estradas, cidade, deserto.
Do deserto, antes era eu.
De mim, sobrou a casca, e da casca, eu juro, brotou vida.

Ironic



Devo atualizar as mais belas feridas, que me fizeram sangrar e hoje fugiram correndo. 
Dizer que os livros me fazem chorar em demasiado, que Whitesnake soa leve aos meus ouvidos. 
O que será de mim? Das tardes vazias, lendo as histórias que contemplam nossas risadas..  
Da persiana fechada, impedindo que os feixes de luzes atravessem e penetrem meu refúgio..
E, se formos bons, poderemos deitar para descansar, fechar nossos olhos por muitos anos. 

É uma história pouco perdida, em que se conduzem rios de amargura e nitidez, e poucos nos acompanham pelo desolar.
E eu continuei lendo. 
No começo, escrevi que você partiria nesta parte do conto, mas pensei melhor, o mais importante de tudo é que: você não se vai.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Lições cotidianas

    



     A verdade é que o melhor aprendizado está em viver. É essencial fazer novas amizades, ir em lugar diferentes, espantar a rotina. Dependendo da época da vida, até ficar em casa é um hábito novo. Curtir o sofá, assistir o que mais lhe agrada, ou simplesmente respirar por horas. O mundo se tornou moderno de forma muito rápida, e intensa. As proporções se espelham em facilidades, mas também em milhares de atos negativos. O bom é viver simplicidade! Ir dormir bem humorado, acordar com ideias e correr para escrevê-las. É importante ter sempre um pensamento sustentável de que as coisas ainda podem ser melhores, mas orientado pela naturalidade, pois a praticidade nos fecha muitas portas. Neste ciclo da vida, o que importa pra mim é fotografar os sorrisos, passar um batom arregalante, e quando sorrir, que eu não sangue os lábios. Dificuldades podem desanimar no início do dia, mas todas as dificuldades passa.m Todo desespero é seguido por esperança, toda a escuridão é seguido pela luz do sol. E assim se segue os dias, pois a esperança em si já tenta te fazer alegre.

domingo, 2 de junho de 2013

A cada momento, a oportunidade.


Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.
Desejo que o seu melhor sorriso, aconteça incontáveis vezes pelo caminho. Que cada um deles crie mais espaço em você. Que cada um deles cure um pouco mais o que ainda lhe dói. Que cada um deles cante uma luz que, mesmo que ninguém perceba, amacie um bocadinho as durezas do mundo.
Não é preciso agendar, entrar em fila, contar com a sorte, acordar cedo para pegar senha: a possibilidade de recomeço está disponível o tempo todo, na maior parte dos casos. Não tem mistério, ela vem embrulhada com o papel bonito de cada instante novo, essa página em branco que olha pra gente sem ter a mínima ideia do que escolheremos escrever nas suas linhas.
O que é preciso mesmo é coragem para abrir o presente.

Barco que afunda



Os planos, no final, estragam tudo. Você planeja ser feliz, numa casa de madeira, de modo simples, com seus dois filhos imaginários, casada, trabalhando por conta própria...Quando eu penso em tudo, tenho os alicerces de esperança. Em que eu consiga ter estas vontades realizadas, com todo o planejamento original. Se sustentar em alguém machuca, ser dependente de cada dia, e dos próximos anos também. É frustrante ver tudo caindo, principalmente quando você dedica tempo pra que tudo saia bem. Mas admito que é mais fácil falar sobre dor. Ela não deixa a gente mais bonito, isso eu sei, mas cada um tem sua hora de voltar a ser feliz. 


Mais uma daquelas de desamor.



Bom, com o tempo tudo mudou. Veio a tempestade e levou tudo o que restou! Com ela, veio um furacão bem negro, e arrastou nossa casa, que chamamos de amor, pra longe daqui. No lugar da casa, após o temporal, veio uma mansão. Nessa mansão tinha, desamor, desrespeito, falta de compreensão e consideração, sem esquecer do silêncio. Aquele silêncio que arde, negativo, e também sangra. O silêncio que me fez pensar que não havia esperanças, nem importância. O silêncio que reinou por 3 dias, e quando sai alguma palavrinha, definha todo o otimismo. Temos que viver o luto de tudo que se perde, seja de um ente querido em definição, ou por alguém que já não faz parte da gente. Retirar o vínculo é o passo mais difícil, é como arrancar um coração que nasceu junto ao outro. E por vezes, você tem que separá-los com uma faca bem afiada, com muita raiva. Nessa hora, a gente se pergunta sobre os motivos da vida. De te fazer virar pó, na hora do sofrimento. Dizem que é escolha de nós mesmos, sofrer, ou ficar bem, mas acho tão vazios, aqueles que, estampam um sorriso, mas chegam em casa e choram. Pior aqueles que choram a todo momento, verdade. Porque não, sempre sorrir? Sem análises no psicanalista, sem deixar de viver direito, sem deixar a maquiagem borrar. Volte a viver do jeito que nasceu, sozinha.