quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Depois daquele tempo



Como começar a escrever depois de meses?
Acho que parto da necessidade frustrada de tentar compreender o mix de sentimentos presentes em mim atualmente. Eu não vim pra escrever bonito, mas pra tentar me sentir leve...
De certa forma, as palavras sempre foram a forma que mais me cativaram e delinearam o formato dos meus medos, das minhas angústias... das minhas noites sem sono, ou das vezes que durmo por dias, para a própria fuga.
A vida se transformou em cenas engraçadas. Contorcidas, pingantes, sem planos ou expectativas. E nesse momento que me sinto mais perdida, talvez seja a hora exata para o reencontro.
E fico presa nessas grades temporárias, que sempre dizem o que devo fazer pra me sentir feliz - sem funcionar, de fato. É uma forma de preenchimento para meu vazio... mesmo que momentâneo.
Será que já estive tão misturada em mim mesma? em minhas situações? em minhas decisões não feitas?
Tem algo faltando.
Por tal motivo, vem a cobrança excessiva, o buraco que não é preenchido, a falta, o aperto (que quanto mais aperta, mais largo fica), os dias que viram sem um motivo bom, ou um plano feliz.
Muitos dias quando acordo parece que estou morta. Isso mesmo, morta em vida. Falta aquela euforia de se levantar, fazer coisas diferentes, de desfrutar, inovar, construir, refletir. Como viver em estado vegetativo, entende?
Ao mesmo tempo que tudo parece tão complicado, me vem uma solução simples em mente. Pena estar tão distante!