terça-feira, 28 de dezembro de 2010

foREVer

James Jimmy Owen Sulliven, ex-baterista do AVENGED SEVENFOLD, morreu com 28 anos de overdose acidental em 28/12/09. Hoje se completa 1 ano da morte do mesmo, e já que de certa forma seu corpo tenha ído,ainda estará sempre conosco, pois suas lembranças o fazem inesquecível. Escreveu várias canções, dentre elas "Fiction", 3 dias antes de morrer, parecendo uma profecia sobre ela;

Deixo esta vida para me libertar
Peguei um pedaço de você dentro de mim.
Toda essa dor pode finalmente desaparecer
Prometa-me que você nunca vai sentir medo.

(...)

Espero que valha a pena, o que deixei pra trás, sim
Eu sei que você encontrará seu próprio caminho quando eu não estiver com você.

Fiction

-

Casa cheia de rosas, uma carta nas escadas
Uma fita cheia de mensagens, para alguém que se importa
Colagem de palavras quebradas, e histórias cheias de lágrimas
Lembrando de sua vida, porque desejamos que você estivesse aqui
Nada é mais difícil que acordar totalmente sozinho
Perceber que não está bem, é o fim de tudo que você conhecia
O tempo continua passando, mas parece que estou congelado
Cicatrizes são deixadas para trás, mas algumas muito profundas para se sentir

(....)

Algum dia você vai me encontrar em um lugar que eu gosto de ir
Perguntando a mim mesmo sobre coisas que eu nunca saberei
O que resta descobrir? Porque eu preciso de um pouco mais
Eu preciso de um pouco mais de tempo, podemos ao menos voltar o tempo?

Victim
-

Entes queridos voltam pra casa chorando por que eles já sentem a minha falta
Eu rezo pela graça de Deus que há alguém ouvindo
Me dê uma chance de ser a pessoa que eu quero ser
(eu estou inteiro, eu estou sufocando neste êxtase)
Oh Senhor eu tentarei duramente mas você precisa me deixar ir
(Me conserte, me liberte, eu preciso de uma nova chance para viver)

Afterlife

-

Como viver sem aqueles que amo?
O tempo ainda vira as páginas do livro que está queimado
Lugares e o Tempo sempre em minha mente
Eu tenho muito para dizer mas você está tão distante

Durma bem, eu não estou com medo
Aqueles que amamos estão aqui comigo
Guarde um lugar para mim
Porque assim que eu tiver terminado estarei no meu caminho
para viver eternamente.

(...)

E a luz que você deixou permanece, mas é muito difícil continuar aqui
Quando eu tenho muito a dizer e você está tão distante.

So Far Away


So far away.... and I need you to, need you to know...

domingo, 26 de dezembro de 2010

How The Grinch Stole Christmas?

[No final das contas, até nosso saudoso bicho verde Grinch descobriu que o Natal é muito mais que presentes e itens desnecessários. ]

Na véspera de tal, montam suas árvores natalinas, com várias luzes, muito brilho e alegria. Anseiam por um dia proveitoso e amável. No dia 25 de dezembro, desde muito tempo, comemoram o nascimento de Jesus Cristo. Ou seria o nascimento de uma data boa o suficiente para gastar o seu 13° comprando presentes para seus familiares e passar um dia legal com eles?

Pensando bem, o natal é a data mais consumista, mercenária e falsa de todas. Mais que qualquer feriado no ano, mesmo que tenha um significado completamente diferente. Este dia mostra que ainda em várias famílias, lugares e espaços mundiais temos pessoas com fome, sem carinho/amor ou algum agrado (nem que este agrado seja um papel escrito "Boas Festas, Muitas Felicidades!"). Seria a data mais farta também. A maioria enche suas mesas com variadas maravilhas gastronômicas, sobremesas bem montadas, enfeites, bebidas.Porém esquecem do próximo que está na falta. Não é melhor gastar um pouco menos e dividir com quem não tem?

Ah, ás vezes até quem não lembrou da sua existência o ano inteiro bate na sua porta para lhe desejar um Feliz Natal, lhe desejar coisas boas e lhe entregar o presente. Será que não deveriam fazer isso sempre? Praticar ao menos uma vez ao mês? Desejar o melhor não mata, não machuca.

Também várias vezes esta data me intimida, sempre brinco em destruir tudo relacionado a Felicidade, mas este ano o feriado foi bem interessante, inovado. Sabe, eu desejo primeiramente que as pessoas não esqueçam do verdadeiro significado, mesmo que esqueçam assim mesmo! Desejo que vocês sejam felizes sempre, com suas famílias ou sem. Amigos também são família. Que possam estar com as pessoas que gostam na maioria de seus dias, pois é com esse tipo de momento que vivemos, nos fortalecemos e continuamos pelo amanhã. De novo e de novo.


Boas Festas, FELICIDADES! Salve o Grinch! XD


sábado, 11 de dezembro de 2010

O Belo e o Bom



Já escrevi e repito que nestes dias adormecemos satisfeitos quando podemos dizer: meu avião atrasou só quatro horas, que sorte. Só roubaram meu carro, não me mataram, então viva o progresso, somos um país civilizado. Eu acho que estamos doentes e confusos. Por exemplo, agora em alguns lugares começa a haver autoridade e liderança positiva: a polícia age com mais rigor, e na luta eventualmente fere ou mata bandidos e assassinos. Nada mais justo. Porque nós, os cidadãos comuns, nos cansamos de ser caçados pelos marginais feito bichos desprotegidos. Porém, há quem reclame: os policiais deviam ser menos ferozes, deviam ao menos cuidar do lugar onde vão atingir os facínoras: quem sabe um tiro no braço ou no pé? Tive de reler a notícia: estão brincando conosco? Imaginei o pobre policial com revolverzinho velho, mirando no bandidão armado com fuzil de última geração e carrão importado e pedindo: licença, moço, vou só dar um tirinho no seu pé.

O banditismo floresceu por falta de autoridade e ordem, mas receio que agora qualquer rigor seja objeto de clamor dos defensores dos direitos da bandidagem, que deveriam era cuidar das vítimas. Entre outras coisas, fazer votar com máxima urgência uma lei que responsabilizasse por seus crimes jovens malfeitores de 16 anos ou menos, frequentemente verdadeiros monstros morais.

Pontes caem, obras monumentais desabam, correm anúncios de culpas, desculpas, culpados fictícios. Os verdadeiros causadores se escondem, apontando uns para os outros: foi ele, foi ele! Não foi ninguém, nem foi o descaso: foi o acaso, ora bolas! Como em geral neste país, ninguém vai encontrar responsáveis , ou todos serão absolvidos. Saímos do público para o privado, e o espetáculo continua. O mal viceja não apenas nas ruas e no campo, não apenas sitiando nossas casas e comprovando nossa vulnerabilidade, mas na violência pessoal da infâmia, da mentira, da injustiça e do abuso em todas as formas. Talvez estejamos mesmo é muito loucos. Quando não conseguimos entender o que acontece e sentimos medo - seja da maldade humana, seja da precariedade das instituições, seja pelo nosso decorrente desamparo -, o perigo é deixar que a ira ou a descrença nos contaminem.

Se não podemos mudar o mundo, interminável trabalho de formiguinha, resta nos abrir para o que existe e sempre existirá de positivo: os verdadeiros amores, que não se baseiam em vantagens, mas em ternura e respeito; as verdadeiras amizades, que não se contam pelos dias convividos, mas pela certeza de que o outro está sempre ali; as verdadeiras famílias, em que apesar das diferenças imperam a confiança e a alegria. Sempre que alguém quer e realiza o mal do outro, alguma coisa no mundo se desestrutura; toda ação ou palavra perversa, toda injustiça é um crime contra a natureza mais ampla, que nos inclui, a nós, seres humanos vulneráveis e grandiosos, patéticos e dignos - tudo isso por sermos apenas humanos.

A tragédia da humanidade não reside só nas guerras, na corrupção, na destruição do ambiente, enquanto a velha mãe natureza geme e reclama e começa a se mostrar faminta de vidas. Está no cotidiano minúsculo de cada um de nós, que corremos na superfície da verdadeira vida, obcecados por deveres insensatos, corroídos de inveja e desejo de aniquilação, distantes das coisas essenciais - pobres de afeto, despidos de alegria.

Lembro a história da filha adolescente de um amigo que, rejeitada pelo namorado, passou uns dias em profunda tristeza, mas de repente apareceu na sala, perfumada, olhos brilhantes, pronta para sair. O pai interroga: "Ué, filha, voltou com o seu namorado?". Resposta de inesquecível sabedoria: "Não, pai, eu vou me vingar sendo feliz".

Talvez seja uma saída. Não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar nossa postura no mundo, o público e o privado. Em algum lugar de nós nos amargurarmos pela loucura, podridão e injustiça, podemos abrir mais espaço, ou algum espaço, para o bom e o belo, que afinal existem. Tentar curtir a natureza, saborear a arte, atender os necessitados, preparar crianças e jovens para a vida, cultivar harmonia na família, olhar para dentro de nós mesmos e nos escutar. É um bom começo. Olhar o mar ou o amanhecer, que são de graça e nos dão a sensação de que afinal nossas misérias são apenas miséries e que o grande drama é ter a alma mutilada pela amargura.


Lia Luft - Revista Veja

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Another day

Post de aniversário pra Be(L)z.


"E as águas se juntaram, as grades do oceano obscuro desapaceram, flutuando em meio o fundo do seu mar. As ondas e tecnologia nos trouxeram mais próximas e então sei que você existe, está do outro lado me assistindo como te assisto, feito tv em cores. Eu sempre distrubuo contos para você a noite, e sempre te quero comigo. Porque pessoas passam, passam. E quem tem vários motivos para também partir não vai, e não me deixa aqui. E eu te desejo mais que o mundo,
mais que o universo de nuvens e felicidade. Você vai estar aqui. E eu vou estar segura. Agradeço por ter você! Por não te ver ir. Sem te prender no meu aquário de pessoas,
com a própria vontade me seguir e me deixar feliz."

Adoro você insuportável, PARABÉNS! <3

For some there are no choices



Fim de semana e o post informal...
Nestes dias, sexta, sábado e domingo, fiz tudo, ou relacionadamente tudo que eu gosto e defendo.
Assisti a série que eu mais gosto, fui em um show de uma banda que gosto, fui pra onde gosto e assisti um filme que gosto.
Dias muito bons, com elementos muito distintos, tendo muita chance de ir para minha lista de " melhores do ano ". Mas sabe, desde o começo não havia muita expectativa pra ele. E surpreendendo como sempre, vieram as pessoas, suas ações, a falta delas, e algumas palavras lidas em redes alheias.
Não dormindo muito e fazendo aquele esforço lá vamos nós para mais uma noite de sábado. Muito foda e dolorida por sinal. Padrastos dorgados e amigos mais ainda. Quase as melhores pessoas da minha vida estiveram presentes nestes dias.
E no final das contas, existem mais pessoas, óbvio. Pessoas que estão voltando, indo de novo. Mas que não estavam presentes e me deixaram com meia dor.
Como um grito abafado, um estrondo diferente. São meus instintos afetivos e humanos reclamando. Insisto em responder que não tenho a solução e eles não estão satisfeitos.
Não sei se estou muito feliz, muito seca, muito caída ou muito acordada. Muito riso, até seriedade, calor, preto.
Se a minha vida fosse mesmo um dia inteiro, desta vez seria exagero, porque não teria o que nem quem passá-la. E precisamos uns dos outros.
Ás vezes você age de uma forma que lhe parece normal, mas para os outros é um sinal.
E afinal de contas, meus iluminadores estão quebrados. Nada de sinal para ninguém. Retirei as aranhas do porão e no lugar depositei meu alarme.
Meu amigo tem razão quando disse que precisamos remontar e inventar novamente nossa realidade, se necessário, deletar a antiga e construir uma nova. Assim nos sentimos melhores e não é resultado de ignorância. Não conheço se quer alguém, que tenha esquecido do que faz parte e principalmente de quem.
Passado não deve ser esquecido, mas seu presente deve ser adaptado, para melhora de seu sofá. E dessa vez, sem ajuda alguma.
Peças novas são interessantes quando colocadas no seu tabuleiro. Mas dessa vez não procuro por novas peças, e não quero enganar, nem iludir, enfeitando o que não existe e o que não consigo me concentrar agora.
O mais indicado não seria um pedido de desculpas, mas uma situação assim faz parte de todos anos e dias. Eu não inventei nada, está sempre dessa forma, esta tal decisão. "Ás vezes dá, ás vezes não... e ás vezes nunca."
Afinal, em nenhum documento ou contrato vem escrito "viver é muito fácil" onde você assina em baixo e tem o prometido.

Dead as Yesterday - Black Label Society

It'll leave you with nothin' to say
Lost without a way
Ain't it funny, child,
Love sometimes leaves you as dead as yesterday
Hoping to hold a handful of sunshine
Like a child told it cannot play
Never ever figured, Lord, love would leave me feeling
As dead as yesterday

Oh Lord, could you help me find some shelter?

It'll leave you feeling hollow and helpless
And there is where you'll stay
Ain't it funny, child, love sometimes leaves you
As dead as yesterday.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Bom dia a mim mesma



Bom dia. O que ele me trará de bom? Muito pouco ou simplesmente muito?
Por rodas e asfalto me desloco para o início de algo que se renova todos dias. O mesmo lugar, e ás vezes são as mesmas pessoas que agem diferente e riem muito. Todos os dias eu espero o despertador tocar 3x, tomo banho, penteio os cabelos, aperto os olhos e penso em tudo é importante na minha vida, dou um largo sorriso pelas perdas, toco minhas paredes e fotos. Ligo a TV e páro pensando, em nada, poucas vezes em tudo. Preparo o café, deslizo a mão pelo meu gato, companheiro carinhoso que sempre está com fome e me dirige um olhar lindo. Para todos os efeitos as minhas olheiras estão em minha face de terça a sábado, representando o cansaço e às vezes noites sem sonhar ou dormir.
Em toda manhã, fico perdida em mim mesma e por esse motivo me atraso muito. Desta vez, mamãe desperta pouco depois de mim, causando um enorme alvoroço, logo cedinho.
Em um desses dias, após dormir apenas 50 minutos recheados de pesadelo a noite toda, levantei e já era dezembro. O meu novembro meio amargo havia passado, rápido, complicado, e com muitas razões claras.
Nesse novo mês vejo que todos querem através suas portas mas ainda não possuem permissão... querem bater a porta! Sem nem olhar pra trás. Procurem o desfecho de seus novembros, para reconstituir seus caminhos.. fechar seu ano, ou recomeçá-lo várias vezes mesmo no meio da estrada.