sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A lembrança na outra margem .


As rosas se despedaçando. Mais um temporal neste novo verão. As gotas de chuva deslizando dentre curvas no vidro da janela. O trovão que embaralha meus sentidos e me deixando apavorada; me trazendo as vozes daquele telefonema..... alguma terça do ano passado.
Quando me disse que caçoaria do meu pijama mas que me traria pra mais perto de você, me envolvendo em seus braços em tamanha velocidade. Quando me deixou sem graça e disse coisas que com certeza me faria ficar vermelha. No dia em que me envolvi no edredom, debruçada no leve balanço da rede; pensando em como você estaria. - Você é um estranho que eu conheço bem, e não tanto. - Portanto acabei de pensar.
E então, acabei de me tocar que alguém pisou em minhas nuvens e naquele altar particular que você construiu pra mim. Quando as paredes do nosso castelo estão sendo destruídas por tratores maquiavélicos - automáticos. Quando meu semblante despencou e a razão me tocou.

Eu nunca ouvi as palavras que foram ditas,
com as noites de rumor, com o encontro.
Eu nunca achei que os sussurros fossem verdadeiros até agora...

(...)


Eu fui muito longe pra voltar.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Sem motor .


A tragédia inibida, estampada no peito que exala dor. As tentativas inválidas, escondidas dentre o meu cobertor. Noites de um verão quente, flagrado no frescor da brisa que passa nessa janela com grades. A TV ligada, palavras encerradas e um coração sem motor. Um céu negro, raramente tão observado e profundo, que atormenta meus desejos imundos. Encolhina na cama, construindo moradias solitárias dentro da própria alma. Lábios pesados, suspiro dobrado, e evitando mas dizendo; que o amor tem sim o seu fim.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Here without you .


Nesse coração habitualmente congelado, se encontra uma menina com seus sentimentos atravessados.Um coração que insiste em construir uma casa com tijolos em um território sem gravidade. Nem sabendo ao menos porquê, se rebatendo na água para não afogar.Levantando vôo em meio as copas de árvores imensas. Centenas de dias me fizeram mais velha desde a última vez que chequei seu rosto. Milhares de mentiras me fizeram mais fria e eu não acho que posso olhar pra isso do mesmo jeito. A distância continua aumentando enquanto as pessoas seguem seu caminho dizendo olá... Dizem que esta vida está sobrecarregada mas espero que isso melhore enquanto continuamos. Eu sonho com o futuro que eu espero, e acabei esquecendo de me amar, deixando meu próprio castelo sob ruínas.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Em um dia do ano passado.



Posso até me arrepender por tudo que vou escrever. Mas será mais tarde, um minuto talvez. Em um anoitecer acompanhado de uma noite escura e plena. Muitas luzes e sons que eu realmente detestava. Uma conversa amiga me acompanhava e me ouvia sem nem saber porque ou reclamar. As árvores remexiam suas folhas com o vento. Mas sei lá, naquele ambiente medíocre e abafado me encontrava com estranhos. Enfim, em um momento de adeus encontrei a graça de ter saído de casa. Você, com suas mudanças de comportamento mais ágeis que a velocidade da luz; me veio como um tipo de escapatória.

O primeiro do ano.


Refazendo metas, expectativas e sonhos. É o fim de ano com seu sinônimo de festa. Mesmo que as pessoas se esqueçam do realejo do natal. Toda aquela história do nascimento de Jesus que foi esquecida pelo tempo. Na virada, as pessoas se lembram pelo menos em desejar um feliz ano novo ao próximo... mesmo que não seja de coração. Muita bebida e inúmeros shows de luzes e música. Relembrando os trajetos do ano que já ficou pra trás. As mágoas, os sonhos perdidos, as decepções e tristezas. Mesmo sendo difícil, ficam no passado. Relevando os objetivos alcançados, as vitórias, as felicidades e os amores.. se lembrando somente de sentimentos bons quando vem em mente um ano chamado 2009. A canção mudou e o soar também, as notas se elevaram a um maior nível, deixando que o maestro de sua própria história tome conta neste início de Janeiro. Abrindo caminhos e recolhendo marcas de derrota. Deixando o inevitável para trás e seguindo em frente. E talvez, pra ser feliz tenha poucas saídas, talvez modificar de vez a sua vida e se esquecer das falhas. O luar está cheio e radiante, amarelo e em um instante se vê num altar. " E um arrepio frio me enerva até os ossos novamente "