terça-feira, 30 de novembro de 2010

Birthday


Esse post não foi clichê, porque não importa quantas pessoas já escreveram, o que importa é que eu não o havia feito ainda e é especial como todos.

Aniversário é a desculpa que usam, acusando que após mais 12 meses passados em sua vida, você envelhece 1 ano. Estúpido dizer que está mais próximo da morte, porque na verdade ninguém sabe quando vai utilizar seu aposento no cemitério. Não é só pelo fato de acrescentar um número a sua idade que te torna mais maduro, feliz ou experiente.
Alguns fazem de seus dias tão bons que aparentam serem anos de aprendizado. As pessoas que passam, as suas áureas que ficam em meus ombros fazendo cócegas e servindo de companhia. Um dia que a maioria lhe deseja felicidade, saúde e afins, compram presentes, te abraçam fortemente e mandam bilhetes carinhosos. Particularmente gosto de aniversário pelos bilhetes. É verdade que a simplicidade enobrece qualquer coisa.
Pura calúnia quando dizem que dou atenção especificada pra essa data e esqueço dos outros dias. A maioria das pessoas que me desejam bons sentimentos e expectativas, estão me desejando, comigo em todos. E é bom saber que alguém lembrou de você, quando comemora x anos do seu nascimento, como festeja junto com eles repetidamente. Comemoramos o porque de estar bem, de pé e com saúde, mas se não estamos assim também comemoramos e fornecemos muita energia positiva ao próximo, mais que nunca.
Repito, comemoramos porque estamos "felizes", anos após o início, o nascimento. Sem o começo não haveria o final. É clichê mas é fato.
De qualquer jeito não importam os prós e contras, é um dia especial. E eu agradeço tudo de bom e de coração que me desejaram e me desejam sempre. Agradeço até as pessoas que por algum motivo baldio, mesmo podendo me ligar e não o fazendo. Não deixam de ser amigos, amados.

Enfim, de novo agradeço. E não me desejo nada, o próximo precisa mais, e não quero viver pela eternidade, dançar ou beber muito se vocês não estiverem comigo. Não julgo como dependência. Mas uma pessoa solitária é como um item, em um lugar, vazia de bons sentimentos e recordações presentes, mesmo que chegue a ser a mais sábia.

29/11

domingo, 14 de novembro de 2010

Eu poeta

Eu sou poeta.
Mas ainda não consegui descrever aqueles nossos versos
Que passaram na grade da minha janela
Depois de correrem por nossos lençóis

Eu sou poeta.
Porém não consegui identificar qual palavra
Aquela do qual você usou para tirar o meu sono
E me petrificar depois das 2 da manhã

Eu sou poeta.
Mas não sou atriz de lágrimas
E não sou formada através de riachos escuros
Cheios de terror e fumaça

Eu sou poeta.
Eu não sou você
Então posso colecionar muitos corpos e muitas almas
Estendê-los num varal curto
Mas prometo que eles serão vítima dos meus cuidados

Eu sou poeta.
Não sou eclétic/a e sou chei/a de dúvidas
Desventuras, ás vezes formada de vivacidade
Não sou formada de muitos palcos
Muitas formas e cenários
Mas sou poeta nos meus sonhos e no interior de alguns.

O que eu sou?
Ás vezes acho mais prudente...
Abdicar do meu poder, deixar tudo fugir
Desvencilhar do seu caminho, vulgo pedacinhos do inferno
Poeta nada, mas eu ainda vou aprender o que é ser, e o é querer ser.

sábado, 6 de novembro de 2010

Sem asas

Sétimo dia do penúltimo mês.
Encontrei vários anjos sem asas pernoitando, do meu lado.
Ao menos os via, sentia os olhares afiados.
Resolvi dar atenção, alguma pouca.
Momentos depois e dias, fazem mais parte de mim. Muito mais que um lugar na minha agenda telefônica.
Pessoas são únicas.
Mas seus lugares são substituíveis.
As marcas ficam, elas se vão.
E outras vêem.
Não pelo consolo, mas para a renovação, para o 0 virar 100 e para o céu voltar a ser azul.
Quando minha semana chega na sexta penso no "novo". Nesse caminho engraçado e torto.
Estou começando a me sentir feliz. Sem preocupação. Na estaca de prata, sem querer partir.
Sem pressa. Sem demora. Sem preguiça.
Sem perda de tempo.
Apenas bem. Quase em paz.
E falando em bem... bem melhor.