quarta-feira, 21 de março de 2012

Guerra Humana



Eu odeio estas formas de violência ímpares. Não precisa machucar diretamente para se chamar violência...pode ser alguma que venha do coração ou da razão. Pegamos pesado e nos machucamos, nos torturamos, permanecemos na profunda angústia, insistimos sem notar na insegurança. Esse tipo de coisa tem um humor muito peculiar, e não sabemos o que esperar. Odeio essas formas de sangrar, tipo as horas em que sai sangue cristalino dos meus olhos, ou pensamentos farfalham até provocar dor de cabeça, sei que lá dentro sangra. Quando lá no meu coração aperta ou quer chorar também, eu sei que há uma intensa hemorragia. Odeio essas armas, as palavras mal pensadas, ou mal interpretadas. Armas-mídias, ações, ou passos minimalistas. Eu atiro sem ver nos outros, não preciso ter em poder uma pistola, uma espingarda. Obviamente, também sou vítima de balas. Um intervalo longo demais me machuca,  uma importância boba, um argumento malicioso, a falta de reciprocidade e a proximidade com outros. As pessoas fizeram a pior descoberta do mundo: como machucar sem encostar em um fio de cabelo ou causar sangramento mortal [literalmente]. E por isso, fazem guerra uns com os outros piores que as mundiais, com canhões e sagacidade. São atos sem fé que eu coloco no meu caminho. Como podar esse cravo? Mais amor e insistência? Fica a pergunta.

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