sábado, 3 de outubro de 2009

Como se fossem 71 anos.

Quase na virada de um ano novo. Como se tudo fosse festivo no final do ano. Uma doença incurável aos olhos da medicina. E o que nos restava, mesmo com pensamentos inocentes; era ter fé e esperar que tudo pudesse se ajeitar. Tão querida dentre tantos laços. ÚNICA, EXPERIENTE, MAGNÍFICA. Com seu jeito tão especial de ver a vida. Com seus passos dançantes e alegres, seus carinhos e conselhos, para que eu nunca cutucasse a comida antes da hora. Seu amor infinito. Suas unhas bem feitas e seu cabelo sedoso. Seus métodos caseiros e suas expressões joviais. Seus olhos sonhadores e sua esperança inexplicável. Eu admiro ainda tudo isso em você. Uma grande mulher. E um dia espero ainda te encontrar, mesmo que daqui um longo tempo. Talvez esteja rodeada de anjos e fixada no paraíso, mas tenho a certeza do amor incondicional que teremos sempre por você. Esperarei anciosamente, por uma palavra escrita em um papel, por uma flor com seu perfume, ou uma foto que expresse nosso abraço. E em todos estes anos que se passaram, lembro-me de você quando me falam sobre superação, sobre o nosso apelido. Como me chamava e como me acolhia. Como me adorava e como me protegia. Lembrarei-me sempre de minha infância incerta e insana. Dos muitos teatros e apresentações que me permitia ter sua presença no lugar da minha mãe. Desejo intensamente que Deus nunca me apague estas lembranças, mesmo não tendo-as em fotos. Você simplesmente era meu apoio, para tudo. Eu só esperava que você se mudasse pra longe comigo, que nunca estivesse longe de quando me tornei uma menina aborrecida e esquisita. Queria que você estivesse comigo até em meu leito de morte. Mesmo com você longe, ainda lhe desejo como se estivesse do meu lado sempre, O MELHOR QUE EU PUDER LHE DAR ! E bem de longe, saiba, que POR TODO SEMPRE, irá morar em meu humilde coração.

Em memória de; Nair Maria Silva Diniz.

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