Hoje eu sei que fui salva do desespero, da falta de esperança, do buraco que eu não conseguia sair. Eu estava lá, arranhando as paredes daquele lugar, tentando me segurar em alguma parte rígida, que me levasse a beira novamente, e assim, poder respirar. Pois antes eu me via esperando alguém jogar muita água naquele local e me afogar....matando-me no momento que eu desistir de debater. Fui salva de meus próprios pensamentos, que ao invés de me afugentar, me mergulharam em pesadelos extras no decorrer dos dias.
Alguém me pegou mansamente, encaixou-me no colo e abraçou. Posteriormente, me assistiu chorar, respeitando o meu medo, e não perguntando o porquê daquilo, sem me embaraçar. Em alguma hora, senti duas mãos segurando as minhas, pude sentir seus pés frios em um momento propriamente quente. Mas foi tão único, que tudo ficou embaçado e confuso. Então eu senti medo novamente, medo de perda, dor, desapego, e pra completar: medo que o amor vá embora. Foi uma coisa nova, admito. E realmente triste. Após, voltei para o nosso momento, tornei a segurar forte suas mãos quentes e rezei pra que nosso amor persistisse e lutasse. Fizemos promessas para nos salvar. A ideia foi sua, é claro. Nesse momento, você fez o meu coração parar de chorar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário