É claro que as coisas mudaram após "tanto tempo". A ordem de dedicação, a prosperidade e os dias em que nos encontramos viraram pó na memória; agora passamos a nos adaptar diante das circunstâncias que a vida nos apresentou. O trabalho, o estudo, a família. Devemos coincidir nossos desejos, cansaços e frustrações sem deixar pesar um lado mais que o outro, devemos nos apoiar para não cair nos momentos de lamentações. Desde janeiro aos pouquinhos a nova vida foi se mostrando e eu fui me agarrando aos pedacinhos do passado que restavam... é claro que eu preferia aquele mundo confortável em que havia surpresas em todo mês, palavras bonitas e conquistas cotidianas. Ficamos mais velhos e aí vem as cobranças, elas não perguntam se você é pai de família, mãe ou namorado; logo devemos nos virar para conciliar o que já tínhamos com as novidades. Ainda contamos com os imprevistos, hora extra, pé torcido, provas e cansaço. Se não suportamos a pressão, desistimos. Mas se o que possuíamos é tão valioso, damos um jeito. Continua a ser, então decidimos nos esforçar. Falta a dedicação do passado, claro, mas aprendi que não podemos viver do "saudosismo" e o que podemos é reinventar. Antes vencermos o passado, que ele nos engolir.
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