Por certos motivos fui dormir mergulhada em lágrimas, daquelas que você precisa de um remo bem grande para não se afogar. Eu acordei do mesmo jeito. Molhada de suor, repleta de tristeza. Não dormi com mamãe para não passar esse mal a ela... tão preocupada e amiga. Dormir do lado dela não me faria mais calma, só me obrigaria a segurar o soluço e sentir mais dor me inundando. E quando acordei senti me afogar pela metade... sem alguém pra recorrer. No meio da noite, tive a impressão de gritar por ajuda e implorar para que não me tire este sonho realizado. Se conquistamos nosso sonho, é porque ele deve ser nosso.... de forma permanente. - Meu amor, nos honre, não vá embora! - disse Gerard antes que eu contornasse a esquina. Eu larguei tudo, abandonei meu mundo por quaisquer histórias de futuro. A cada dia me amargo mais e mais pela escolha que fiz. Vejo a morte me buscando mais cedo, a solidão e a depressão me contornam todos os dias. Não converso com a lua nem acho que ela brilhe, pois o que brilha para mim é o sol, que me trás a esperança de um novo renascer a cada raio claro da manhã. Pois o que vivo hoje é espelhado em ti, aquela sombra de bom contorno, que me persegue e me invade independente do horário.
[Fictício.]
Nenhum comentário:
Postar um comentário