A alegria bate à porta. Mesmo quando as janelas estão embaçadas, e da chaminé da lareira saem chamas sem vergonha alguma. Quando a sua cama te abraça e o travesseiro entra no conforto da sua mente, o sol trás calminho uma fagulha clara no olhar. Parece que as cortinas querem dominar o clima do dia, logo vem um vento que a empurra pro lado e a manhã aparece. E quando as lágrimas batem nos cílios, da memória vem uma boa lembrança que me arranca um sorriso sem graça. Eu insisto em passar o dia em casa, quando surge um convite no seu portão para viajar e ver a flor que acabou de brotar do lote da frente. Nem tudo é nossa culpa, ou culpa do tempo. Mas o desespero certo que vem como uma tempestade sem aviso, faz com que você se sinta desabrigado da própria segurança. Então vem o sol, o vento, uma surpresa atrás da porta, um abraço. Ah, o abraço. Então a névoa se desfez, tudo volta outra vez.
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