quarta-feira, 14 de março de 2012

Aguarde o natural

Agora me encontro assim, sem preocupação aparente, ruga ou lágrima. No meu rosto dá pra ver a tranquilidade de uma semana pseudo-encerrada, após tempos desesperados e pontinhos que influenciaram mais uma vez na minha vida. Vejo que as coisas apareceram em um bom momento, o verdinho na parede, a mudança nos móveis (deve ser a quarta no ano), um lençol novo e palavras dispersas. Por algum motivo que eu não posso explicar, acredito que seja por perder a tal autenticidade. Eu sinto. Eu vivo. 
A violência pairou na cabeça de um ser indefeso (mas maléfico) naquele canto ali, você consegue ver? Sei que pude notar o vento grosseiro em seus cabelos, e um frio magnífico. Sei também que vou continuar na minha tranquilidade e de modo algum mergulharei nisto. No fim de semana, me prometo um intervalo, preciso procurar por um copo, mantendo-o cheio e vazio ao mesmo tempo.
Também é nítido que você começa a precisar de outros lugares, de outros cheiros e de bebidas mais fortes. Anteriormente eu temia a qualquer mudança que viesse acompanhada do amanhecer, mas a cada sonhar que me vem em mente, encontro um motivo no mínimo razoável para estar de pé (e bem - mas muda) outra vez. 
Larguei de mão todos os atrasos e vulgaridades humanas e só as seguirei caso não perceba mesmo. 




Desperte seu espirito por mim
Descanse seus pensamentos cansados em minhas mãos
Entre nesse local sagrado
Onde todos seus sonhos parecem partidos

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