Os braços estão fraquinhos, de dar dó. Forças nulas...sei que tudo ficou tão difícil. Lágrimas constantes. Neblina nos olhos. O estresse presente seguido de dor de cabeça. Ditaram ela como exemplar, seria esse o problema? Se distanciar da futilidade, barulho e álcool. Depois ela se descobriu sozinha, deixou os amigos pra trás. Descobriu que sem eles ela não é nada. A verdade se resume a isto. Acreditando que existe um só centro, que o resto não importa e uma unificação inútil. Ridiculamente, se tornou independente. Quando notou, tomou um choque. Quase caiu da janela do prédio que estava pendurada. Foi pensar como tudo começou, ligou alguns pontinhos, costurou outros e aí encontrou a chave de toda essa confusão, se é que me entende.
Em outra descoberta, viu que o seu estresse contínuo era justificado por bloqueios sentimentais. Mas para certa fuga, notou também que ouvir "Paraíso" a acalma. Pela primeira vez ela se machuca violentamente, até consigo imaginá-la se debatendo no caco de vidro, vejo sangue por todo lado. Na sua mão há uma marca de calo...tão grosseira quanto seus modos. Neste exato momento, ela descreve para mim que está congelada em um ciclo estranho. Tortuoso. Havia alguém. E nele, ela esperava o mundo.
"What we've got here is failure to communicate
Some men you just can't reach [...]
Look at the hate we're breeding
Look at the fear we're feeding
Look at the
lives we're leading
The way we've always done before "
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