Um copo mal preenchido, uma canção que soa por um desafinar
Olhei para mim mesma anos depois de decidir
Perder tudo, abandonar todos, mas sempre estar em sua companhia.
Estofado gelado, morto, espelho de infinita nuance, símbolos perdidos,
fortalezas trancadas.
Em um leque de sorrisos me perdi.
Histórias remontei, outras me encarreguei de jogar fora
Até os dias ruins de responsabilidade congelada me fez crescer.
Há alguns dias encontrei meu passado na avenida de pessoas que passam por nossas vidas e a maioria fica como um artigo de jornal velho, aquele do qual você esqueceu de buscar em alguma manhã e o cachorro do vizinho destruiu.
Fui pensar no que ficou trancado no outro endereço. De tantos anjos me encheram a vida, de outros me mostraram o quão rápido suas auréolas são capazes de queimar diante de algum alarme.
Ando tão doente, alérgica.
Eu escrevo tanto mas nada parece ter o devido valor ou importância pra mim. Não faz sentido.
Muitas vezes pior que controle remoto quebrado. Agora já é inverno? O vento tão frio, mas o coração tão quente.
O celular tocou, mostrando um número desconhecido e quando atendi, dupliquei o olhar.
Delineando a face, deslizando e transportando cargas elétricas. Então permanece o soldado. Não o mais bem armado, mas o mais sincero. É assim, a vida.
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