sábado, 24 de outubro de 2009

De um silêncio inexistente.

Não há um mundo em que eu pense ou fale tudo e não ouça nada? Nem ao menos sussurrar meus pequenos desesperos retendo gritos? Eu simplesmente não existo com tudo isso. É demais para eles suportarem. Ao menos se pudesse optar por existir e estar aqui em momentos menos oportunos. Desejaria o topo das montanhas com uma brisa fresca levando meus cabelos. Desejaria o pôr do sol, a lua e as estrelas. Mas desejar não é o suficiente. “ Se vamos sonhar, sonharemos grandes coisas”. E mesmo dessa forma, não é tão simples. O amanhecer permanece mais frio que de costume. Talvez pela certeza dos pensamentos doloridos que me ocorrem durante todos os dias. O brilho do sol está meio ofuscado pelas nuvens, que a cada minuto ficam mais densas. E á noite, com a imaginação fluindo, me pego pensando nas simples lembranças e vontades, que por sinal são pesadas demais para se carregar sempre. Lembro-me do otimismo como uma forma de me desprender da negatividade que me ronda... Mas junto do otimismo vem à esperança, que mal trata meus sentimentos como ninguém. Queria conter o equilíbrio, das artérias até o coração... do sangue, até a pulsação. Ele foge de mim. Talvez a diversão em minha reação patética o mova a estar sempre do meu lado.
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