quarta-feira, 5 de agosto de 2009
• aos ouvidos de quem nunca ouve;
é. como ninguém me ouve com o coração e com toda verdade que preciso, me descrevo e descrevo o que sinto com palavras. muitas vezes não sabemos nem o que dizer, apenas sentimos. ás vezes é difícil encontrar palavras que descrevam a amargura que temos no peito, a decepção, o desamor. não gosto de colocar palavras no papel, muito risco. se alguém fosse ler, imagino que não me entenderiam, me fariam perguntas... me dariam mais problemas. em certos momentos preciso apenas de um toque pessoal, com mais vida. não descrevo meus sentimentos, gostos e sonhos em palavras cultas, que rimam. ás vezes elas saem sem querer. não que eu não goste, mas talvez não seja eu mesma. se você procura ajuda aos amigos, conselhos, palavras que te acalmem, está apenas perdendo o seu tempo. não que x pessoa não te dirá a coisa certa a fazer, mas você precisa se ver, se entender, saber se expressar sozinha. seus amigos não vivem a sua vida, não sabem o que você sente, muito menos o que pensa. as pessoas sempre aconselham uns aos outros com coisas que todos já sabem... como livros de auto-ajuda, como artigos de jornais... como AntônioRoberto&Você. é, você está apenas gastando energia e pesando no bolso no fim do mês. do que adianta ouvir palavras de consolo, quando você mesma não se consola e não aceita a situação? são simplesmente palavras VAZIAS, EM VÃO. porém, a coisa mais desnecessária que existe, é fingir ouvir e não ouvir com o coração, com a mente aberta. é um tipo de amigo egoísta, ou apenas uma pessoa que não consegue te entender. você, desesperada por um socorro, talvez consiga enxergar o que realmente deva: o seu interior. o conheça, talvez seja o melhor caminho. (só não diga que é uma luz no fim do túnel, talvez possa ser um trem para te matar :D )
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