Novembro! Tem por significado um
mês recheado, na maioria da minha vida, com recheio de medo, ansiedade, chuva
gritante, decepções e poucas horas de sono. Mas vejam só, novembro chegou doce
no ano em que o mundo vai acabar. Veio cheio de consumo, uma viagem tranquila
ao sul do estado, uma lágrima por vez, vários sorrisos ao mesmo tempo. Não me
vejo mergulhada no próximo ano, que vem daqui uma semana, não existe
preocupação a não ser de uma possível comemoração. Bem singela, eu peço. Bom é
sonhar nos dias de semana, acordar e ver que o céu chuvoso continua bem, apesar
de escuro. É não temer trovoadas, por estar bem aconchegada debaixo dos lençóis
com quem você ama, assistindo um bom filme. Ás vezes, até trabalhar se torna
bom. Aos poucos vamos focando nas prioridades, aprendemos que o importante é a
nossa necessidade – e só notei isso após me importar com os outros e ser
esquecida. O legal é passar os dias difíceis sem pressa, cada hora por vez,
cada problema enterrado no baú, cada noite de sono corresponder um profundo
alívio.